Clientes de fintech terão caixa eletrônico para fazer saque
Associação de startups financeiras anuncia parceria com empresa que tem 1.100 unidades de autoatendimento
Consumidores poderão sacar em contas mantidas via aplicativos e tirar dinheiro de caixas eletrônicos sem precisar de cartão.
Essas operações passam a ser possíveis a partir de parceria da ABFintechs (associação que reúne as startups do setor financeiro) com a empresa Saque e Pague, que tem rede de 1.100 caixas de autoatendimento.
A iniciativa será anunciada nesta quarta-feira (8) durante evento do setor que ocorre em São Paulo.
Com o acordo, as mais de 300 startups da associação ficam aptas a oferecer seus serviços nos pontos de atendimento da Saque e Pague.
Assim o setor de startups financeiras busca vencer uma das principais desvantagens na disputa com os bancos tradicionais: a dificuldade do consumidor de transformar o dinheiro guardado em contas digitais em notas e moedas.
“Esse tipo de parceria é o começo da virada de jogo entre fintechs e bancos”, afirma Stephanie Fleury, diretora-executiva da ABFintechs.
O cliente que quiser sacar ou depositar dinheiro em sua conta digital poderá encontrar a companhia da qual é cliente em uma lista de servi-
ços disponíveis no caixa e fazer a operação, afirma Fleury.
Antes, tirar dinheiro dessas contas dependia de ter cartão pré-pago associado a ela ou fazer transferência eletrônica para uma conta em banco tradicional, o que diminuía o interesse pelo serviço das iniciantes, de acordo com a executiva.
“Por mais inovador que seja tudo o que a gente está construindo, a realidade do brasileiro ainda está muito ligada ao dinheiro físico”, afirma Fleury, que também é presidente da startup DinDin, de conta digital via aplicativo.
Fazem parte da associação startups com serviços populares, como Nubank e Neon —a primeira tem mais de 4 milhões de clientes. A adesão à rede de autoatendimento depende de opção das fintechs.
A Saque e Pague foi criada em 2010, no Rio Grande do Sul. Também está presente no Espírito Santo, no Pará e em Alagoas. Em expansão, prevê lançar 140 caixas em São Paulo neste ano, segundo Nori Lermen, seu diretor de inovação.
Ele explica que as taxas cobradas do consumidor a cada transação dependerão da opção de cada fintech que aderir ao serviço. Ele diz que a parceria permite aumentar o atendimento da empresa para quem não tem conta em banco.
A companhia, além de atender clientes de bancos comuns, permite saques com cartões distribuídos no varejo e pré-pagos.
“Como a solução das fintechs é totalmente mobile [feita para celular], elas têm a possibilidade de aumentar muito a capilaridade de seu serviço, de atingir regiões que não são grandes centros, o que também é um de nossos objetivos.”
A maior rede de autoatendimento do país, o Banco24Horas, tem mais de 22 mil caixas eletrônicos, instalados em 11 mil estabelecimentos comerciais de 620 cidades.
Em nota, a Tecban, responsável pela administração da rede, diz considerar que a expansão das fintechs traz oportunidade de crescimento.
No fim de julho, as ações do Twitter despencaram 21% após o anúncio de que a empresa perdeu 1 milhão de usuários mensais ativos no último trimestre.
O microblog atribui parte da queda de usuários ao seu trabalho de suspensão e exclusão de contas falsas. A empresa, porém, teve o terceiro trimestre consecutivo de lucro, após anos de prejuízos.
Colin Crowell, vice-presidente de políticas públicas, afirma que há progresso na identificação de conteúdo malicioso por meio de inteligência artificial.
No Brasil, reitera que o Twitter trabalha para as eleições e que será difícil para os