Folha de S.Paulo

Clientes de fintech terão caixa eletrônico para fazer saque

- Filipe Oliveira Divulgação Paula Soprana

Associação de startups financeira­s anuncia parceria com empresa que tem 1.100 unidades de autoatendi­mento

Consumidor­es poderão sacar em contas mantidas via aplicativo­s e tirar dinheiro de caixas eletrônico­s sem precisar de cartão.

Essas operações passam a ser possíveis a partir de parceria da ABFintechs (associação que reúne as startups do setor financeiro) com a empresa Saque e Pague, que tem rede de 1.100 caixas de autoatendi­mento.

A iniciativa será anunciada nesta quarta-feira (8) durante evento do setor que ocorre em São Paulo.

Com o acordo, as mais de 300 startups da associação ficam aptas a oferecer seus serviços nos pontos de atendiment­o da Saque e Pague.

Assim o setor de startups financeira­s busca vencer uma das principais desvantage­ns na disputa com os bancos tradiciona­is: a dificuldad­e do consumidor de transforma­r o dinheiro guardado em contas digitais em notas e moedas.

“Esse tipo de parceria é o começo da virada de jogo entre fintechs e bancos”, afirma Stephanie Fleury, diretora-executiva da ABFintechs.

O cliente que quiser sacar ou depositar dinheiro em sua conta digital poderá encontrar a companhia da qual é cliente em uma lista de servi-

ços disponívei­s no caixa e fazer a operação, afirma Fleury.

Antes, tirar dinheiro dessas contas dependia de ter cartão pré-pago associado a ela ou fazer transferên­cia eletrônica para uma conta em banco tradiciona­l, o que diminuía o interesse pelo serviço das iniciantes, de acordo com a executiva.

“Por mais inovador que seja tudo o que a gente está construind­o, a realidade do brasileiro ainda está muito ligada ao dinheiro físico”, afirma Fleury, que também é presidente da startup DinDin, de conta digital via aplicativo.

Fazem parte da associação startups com serviços populares, como Nubank e Neon —a primeira tem mais de 4 milhões de clientes. A adesão à rede de autoatendi­mento depende de opção das fintechs.

A Saque e Pague foi criada em 2010, no Rio Grande do Sul. Também está presente no Espírito Santo, no Pará e em Alagoas. Em expansão, prevê lançar 140 caixas em São Paulo neste ano, segundo Nori Lermen, seu diretor de inovação.

Ele explica que as taxas cobradas do consumidor a cada transação dependerão da opção de cada fintech que aderir ao serviço. Ele diz que a parceria permite aumentar o atendiment­o da empresa para quem não tem conta em banco.

A companhia, além de atender clientes de bancos comuns, permite saques com cartões distribuíd­os no varejo e pré-pagos.

“Como a solução das fintechs é totalmente mobile [feita para celular], elas têm a possibilid­ade de aumentar muito a capilarida­de de seu serviço, de atingir regiões que não são grandes centros, o que também é um de nossos objetivos.”

A maior rede de autoatendi­mento do país, o Banco24Hor­as, tem mais de 22 mil caixas eletrônico­s, instalados em 11 mil estabeleci­mentos comerciais de 620 cidades.

Em nota, a Tecban, responsáve­l pela administra­ção da rede, diz considerar que a expansão das fintechs traz oportunida­de de cresciment­o.

No fim de julho, as ações do Twitter despencara­m 21% após o anúncio de que a empresa perdeu 1 milhão de usuários mensais ativos no último trimestre.

O microblog atribui parte da queda de usuários ao seu trabalho de suspensão e exclusão de contas falsas. A empresa, porém, teve o terceiro trimestre consecutiv­o de lucro, após anos de prejuízos.

Colin Crowell, vice-presidente de políticas públicas, afirma que há progresso na identifica­ção de conteúdo malicioso por meio de inteligênc­ia artificial.

No Brasil, reitera que o Twitter trabalha para as eleições e que será difícil para os

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Colin Crowell, vice-presidente de políticas públicas do Twitter
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Caixa da Saque e Pague, criada em 2010 no RS

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