Folha de S.Paulo

Ator se arrisca como produtor em filme sobre crise política

- Guilherme Genestreti

Ele gosta de política, mas diz não suportar os políticos. Acha que o Brasil às vezes o faz se sentir um idiota.

Pintado como bastião moral no filme “Contra a Parede”, o âncora de telejornal interpreta­do por Antonio Fagundes personific­a também as ruminações do brasileiro comum, que tem desejos de acabar com “tudo que está aí”.

Com lançamento neste sábado (11) na Globo, o longa de Paulo Pons marca também a estreia do ator como produtor de cinema. A exemplo do que já faz no teatro, ele não contou com recursos públicos. “Porque você perde independên­cia se submete seu projeto a algum escrutínio”, diz Fagundes, que não revela o total investido.

Na trama, ele vive um jornalista veterano às vésperas da eleição presidenci­al. Ao descobrir um segredo que pode alterar o pleito, o personagem se bate em questões éticas.

“As pessoas estão tendo ideias radicais demais. Queríamos lançar o filme nessa época porque precisamos voltar ao debate público”, diz Fagundes.

Ele, que durante anos votou no PT, se diz decepciona­do, mas ainda não definiu que número apertará nas urnas. “Eu e a torcida do Flamengo.”

Contra a Parede

Brasil, 2018. Dir.: Paulo Pons. Elenco: Antonio Fagundes, Marcos Caruso, Emílio de Mello. Estreia neste sáb. (11), na sessão Supercine, da Globo, e no Globo Play

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