Ator se arrisca como produtor em filme sobre crise política
Ele gosta de política, mas diz não suportar os políticos. Acha que o Brasil às vezes o faz se sentir um idiota.
Pintado como bastião moral no filme “Contra a Parede”, o âncora de telejornal interpretado por Antonio Fagundes personifica também as ruminações do brasileiro comum, que tem desejos de acabar com “tudo que está aí”.
Com lançamento neste sábado (11) na Globo, o longa de Paulo Pons marca também a estreia do ator como produtor de cinema. A exemplo do que já faz no teatro, ele não contou com recursos públicos. “Porque você perde independência se submete seu projeto a algum escrutínio”, diz Fagundes, que não revela o total investido.
Na trama, ele vive um jornalista veterano às vésperas da eleição presidencial. Ao descobrir um segredo que pode alterar o pleito, o personagem se bate em questões éticas.
“As pessoas estão tendo ideias radicais demais. Queríamos lançar o filme nessa época porque precisamos voltar ao debate público”, diz Fagundes.
Ele, que durante anos votou no PT, se diz decepcionado, mas ainda não definiu que número apertará nas urnas. “Eu e a torcida do Flamengo.”
Contra a Parede
Brasil, 2018. Dir.: Paulo Pons. Elenco: Antonio Fagundes, Marcos Caruso, Emílio de Mello. Estreia neste sáb. (11), na sessão Supercine, da Globo, e no Globo Play