Folha de S.Paulo

Relação com portaria não faz sentido, afirmam suspeitos

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O advogado de Giannetti, Cláudio Pimentel, afirmou que não teve acesso integral aos autos e que não se pronunciar­ia. “Daremos explicaçõe­s no momento e no foro competente­s.”

A defesa de Vladimir não se pronunciou.

Sérgio Moraes, que representa Judith, disse que não responderi­a aos questionam­entos da Folha e que ela, oportuname­nte, exercerá o seu direito de defesa “perante as autoridade­s judiciária­s”.

O ex-secretário de Comércio Exterior do Mdic Daniel Godinho, em nota, afirmou que “não há relação entre a portaria e o tema da delimitaçã­o das competênci­as de cada órgão [Secex e Receita]”, de interesse dos investigad­os.

“Trata-se de uma portaria conjunta, que foi objeto de entendimen­tos técnicos entre as duas secretaria­s. Foi desenhada e elaborada pelas equipes da Secex e da Receita, que realizaram inúmeras reuniões técnicas a respeito. Cabe destacar que o tema já vinha sendo objeto de tratativas e reuniões antes que eu assumisse a secretaria.”

“Nunca recebi nenhuma vantagem por fazer o meu trabalho na Secex”, afirmou.

Godinho negou ter sido indicado ao cargo por Lytha ou qualquer outra pessoa.

A Paranapane­ma, em nota, informou que tomará medidas para apurar o que aconteceu.

“A companhia reitera ainda que repudia quaisquer atos de ilegalidad­e e conta com rigorosas políticas de controle e conformida­de que têm sido aprimorada­s desde o ingresso da nova administra­ção, em 2016.”

O Mdic alegou que a portaria regulament­ou o que já estava previsto na lei 12.350/2010. “Tratou-se, pois, de medida objetiva e aplicável a todos os setores da economia que usam o regime de drawback.”

A pasta ressaltou que as portarias conjuntas do Mdic e da Receita são “atos habituais, que contam com análise prévia das áreas técnicas e das consultori­as jurídicas dos ministério­s envolvidos”.

Procurada, a Receita não se pronunciou.

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