Folha de S.Paulo

Bia Doria nega ter mandado iluminar templo católico

- Mario Cesar Carvalho e Joana Cunha

Bia Doria, mulher do candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, João Doria, negou em depoimento nesta quarta-feira (8) ao Ministério Público que ela tenha mandado instalar equipament­os de iluminação pública do templo Theotokos, do padre Marcelo Rossi.

O santuário na zona sul de São Paulo é privado.

Um funcionári­o do templo disse, também em depoimento ao MP, que a ordem para melhorar a iluminação do templo partira de Bia, na época em que Doria ocupava a prefeitura, no meio de 2017. Segundo ele, foi a empresa contratada pela prefeitura, a FM Rodrigues, que fez o serviço.

Bia reconheceu a um promotor que foi ao templo com Denise Abreu, ex-diretora do Ilume, setor de iluminação da cidade.

A ex-primeira-dama disse que ouviu do padre Marcelo a reclamação de que estava muito escuro nas ruas. Abreu, que estava com Bia, disse que iria averiguar.

Denise Abreu foi demitida do cargo em março após uma funcionári­a da prefeitura gravá-la numa conversa na qual indicava que uma empresa responsáve­l pela iluminação em São Paulo, a FM Rodrigues, pagava propina para ela.

Fernando José da Costa, advogado de Bia, disse à Folha que, após a reclamação do padre, a responsabi­lidade do caso seria de Abreu.

“Dali para a frente, se Denise informou ao concession­ário, à FM Rodrigues, e se ele fez alguma instalação ou não, a Bia não tem nenhuma participaç­ão ou conhecimen­to desta situação”, disse Costa.

O advogado disse que o depoimento de Bia Doria foi feito na qualidade de testemunha, não de investigad­a.

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