Democracia no país está quase na UTI, para Süddeutsche e Economist
Com a chamada de capa “A perigosa eleição brasileira” e os enunciados internos “Brasília, we have a problem” e “O perigo representado por Jair Bolsonaro”, a nova edição da inglesa The Economist destacou editorial em que aponta “ameaça à democracia” no país.
Afirma que no momento Lula lidera e “o resto do campo presidencial é fragmentado”. Com sua provável desqualificação, Bolsonaro é quem se tornará líder. “Empresários estão flertando com ele”, diz o editorial da publicação de referência do pensamento liberal, “mas Mr. Bolsonaro seria um presidente desastroso”.
Reportagem na mesma edição alerta que o “tedioso” Mr. Alckmin, alternativa a Bolsonaro, “está ficando para trás”.
O jornal alemão Süddeutsche Zeitung também foi por aí, em análise destacada de Boris Herrmann, sob o título “Democracia do Brasil está para entrar na unidade de tratamento intensivo”. Concentra-se em Bolsonaro, lembra que ele ainda pode perder, mas avisa que, mesmo assim:
“O pesadelo Jair Bolsonaro não será superado, porque é o sintoma de uma crise sistêmica. Trata-se de uma democracia que não representa. Nem as mulheres, nem os indígenas, nem os negros. [Executivo e Legislativo] estão longe de refletir a população desde país de muitas camadas.”
empresasalemãs,denovo A rede pública alemã Deutsche Welle está ampliando a cobertura de Brasil. Em reportagem, noticiou que a Associação dos Acionistas Críticos da Alemanha cobrou que as empresas alemãs no país se distanciem de Bolsonaro, contra o apoio que ele recebeu da CNI (Confederação Nacional da Indústria), mas a DW procurou as nove maiores e nenhuma se pronunciou. Várias apoiaram o regime militar.
o capital de lula Espanhóis como La Vanguardia noticiam que “Dez juristas internacionais denunciam irregularidades no julgamento de Lula”, como o francês William Bourdon e o espanhol Joan Garcés. Questionam Sergio Moro diretamente. E o francês Le Figaro publicou entrevista com Gaspard Estrada, do Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po), sob o título entre aspas “Apesar de sua detenção, Lula mantém um capital considerável”. Questiona Edson Fachin diretamente.