Candidato é risco à democracia, diz The Economist
Sob a chamada “Brasília, we have a problem” (Brasília, temos um problema), a revista britânica The Economist afirmou em editorial que Bolsonaro é um risco à democracia.
Segundo a publicação, Bolsonaro seria um presidente desastroso.
A revista, que se define como defensora do livre mercado, afirmou que o candidato já demonstrou ter pouco respeito a vários grupos de brasileiros, incluindo negros e gays.
Além disso, há pouca evidência de que ele conheça os problemas econômicos do país bem o suficiente para resolvê-los, disse a Economist.
A publicação descreveu Bolsonaro como alguém que, até recentemente, era um parlamentar obscuro, cuja principal habilidade demonstrada era ofender os outros.
O texto citou declarações controversas, como a de que ele preferiria ter um filho morto a um filho gay e a que já disse a uma congressista que ela merecia ser estuprada.
A revista britânica disse que Bolsonaro adota táticas baseadas em provocação e uso hábil de redes sociais.
Para a publicação, seu avanço é resultado dos traumas que o Brasil enfrentou nos últimos anos.
Bolsonaro, segundo a revista, soa como um antipolítico, o que atrai os desiludidos com o sistema atual.
Para a Economist, mesmo bem posicionado no primeiro turno, 60% dos eleitores dizem que não votariam nele.
Essa rejeição dá maior chance ao candidato que competir com Bolsonaro em um eventual segundo turno. “Ele não merece ir tão longe”, disse o editorial da revista britânica.