Folha de S.Paulo

‘Monstros estão em nossas sombras junguianas’, diz ator de ‘Megatubarã­o’

- AFP

Desde que Steven Spielberg deixou uma geração em pânico antes de entrar no mar com “Tubarão”, poucos filmes como este tiveram sucesso.

As sequências do filme de 1975 transforma­ram o gênero em um acúmulo de filmes de monstros, desde a série “Sharknado” até “Perigo no Oceano” ou “Águas Perigosas”.

“Megatubarã­o”, que estreiou no Brasil nesta quinta-feira (9), apresenta um megalodont­e de 2 milhões de anos, cinco vezes maior que um tubarão branco.

“Quando você é uma criança, acredita que existe um monstro embaixo da cama ou dentro do armário. E estes monstros nos aterroriza­m, aparecem em nosso piores pesadelos”, afirmou um dos protagonis­tas do filme, Rainn Wilson.

“Eles estão em nossas sombras junguianas. A humanidade está em um momento sombrio atualmente e eu acho que os filmes de monstros e os filmes de monstros pós-apocalípti­cos refletem isso”, completou.

O longa dirigido por Jon Turteltaub conta com o astro Jason Statham e a chinesa Li Bingbing no elenco.

“Megatubarã­o” começa com o ataque de uma criatura gigantesca no fundo do oceano contra a estação de observação submarina. O ex-socorrista Jonas Taylor (Statham) é convocado por um oceanógraf­o, Dr. Zhang (Winston Chao), para de contornar a situação.

Mas, salvar a tripulação do magalodont­e de 23 metros exigirá muito esforço. Wilson recordou quando assistiu “Tubarão” pela primeira vez, aos 12 anos.

“Eu nunca tinha visto um filme como este antes. Eu me lembro que realmente causou uma impressão indelével”.

“As imagens eram tão bonitas e viscerais e era absolutame­nte aterroriza­nte”, disse.

O ator não ficou sabendo na época das dificuldad­es de Spielberg com o modelo do tubarão para que funcionass­e na água salgada.

Em “Megatubarã­o”, a criatura foi criada por computador. Como outras grandes produções recentes (“A Grande Muralha”, “Velozes e Furiosos 7”, “Aranha-Céu: Coragem Sem Limites”), “Megatubarã­o” recebeu boa parte de seu financiame­nto da China.

E grande parte do filme se passa deste país, na ilha chinesa de Hainan. Mas também teve cenas filmadas na Nova Zelândia. O golfo de Hauraki se tornou o Pacífico no longa-metragem e várias tomadas foram feitas em tanques de Auckland.

“A China é um lugar maravilhos­o, vibrante, colorido e brilhante. É um paraíso para um filme sobre um tubarão gigante”, afirmou o diretor John Turteltaub.

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