Prefeitura afirma ter plano de recuperação, mas não tem prazo
Quanto aos casos apontados pela Folha, a Prefeitura Regional da Sé diz que realiza o reparo nos calçadões da região central diariamente.
Apenas no primeiro semestre deste ano, o órgão informa que foram recolocadas 3 toneladas de pedra. A equipe de conservação também realiza a reposição de grelhas de água pluviais diariamente em toda a região — desde junho, informa, foram repostas 200. O serviço de varrição, continua, também é realizado todos os dias.
A prefeitura, sob a gestão de Bruno Covas (PSDB), afirma ainda que estruturou “um amplo plano de recuperação das calçadas e calçadões do centro da cidade”.
O projeto é dividido em duas etapas, sendo que a primeira já teve o projeto básico finalizado pela SP Urbanismo, que foi aprovado pelo Conpresp —o conselho concordou, diz, com a substituição do mosaico português por piso cimentado, o que vai favorecer a mobilidade, acessibilidade e também a manutenção da calçada.
No entanto, continua a explicação da prefeitura, devido à importância histórica das pedras portuguesas, o mosaico será mantido em alguns locais estratégicos, próximos a edifícios tombados, como as igrejas de Santo Antônio e São Francisco.
As obras, ainda de acordo com a prefeitura, irão recuperar 10,8 mil metros quadrados de calçadas em ruas como a São Bento, João Brícola e Álvares Penteado, entre outras —justamente aquelas onde a reportagem encontrou mais problemas no calçamento.
Os trabalhos serão realizados por parceiros da iniciativa privada.
Questionada durante toda a semana passada, a prefeitura não informou, porém, quando isso de fato irá acontecer.
A segunda etapa contemplará as calçadas dos dois lados do Vale do Anhangabaú. O projeto básico para essa etapa está em fase final de elaboração pela SP Urbanismo e será encaminhado para avaliação do Conpresp, segundo a prefeitura.
As obras serão executadas com recursos públicos, e a licitação será feita pela Prefeitura Regional da Sé.
Diante desse cenário, a resposta que paulistanos e também aqueles que adoram passear pela história da maior metrópole brasileira querem saber: quando? A prefeitura também não respondeu.