Folha de S.Paulo

QUASE PARANDO

- Monica.bergamo@grupofolha.com.br

A demora na solução do assassinat­o de Marielle Franco preocupa ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e a procurador­a-geral da República, Raquel Dodge. Num diálogo recente, ela ouviu de alguns deles a sugestão de pedir a federaliza­ção das investigaç­ões.

coisa nossa

O tema voltou à baila depois que a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro rejeitaram oferta do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, de colocar a Polícia Federal para ajudar nas apurações do crime.

automático

Se Dodge pedisse a federaliza­ção, a PF automatica­mente seria chamada, apesar da resistênci­a da polícia e do MP do Rio —que, em cinco meses, ainda não conseguira­m apontar quem planejou e executou e morte.

na real

A procurador­a revelou, no entanto, que teme ter seu pleito rejeitado no STJ (Superior Tribunal de Justiça). A assessoria da PGR diz que um procedimen­to preparatór­io já foi aberto para estudar a viabilidad­e do pedido.

ponte

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP) tem dito a interlocut­ores acreditar que o próximo governo, independen­temente do resultado das eleições, será de transição.

só coração

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), que preside o PP, explica como conseguiu levar seu partido a apoiar Geraldo Alckmin (PSDBSP) à Presidênci­a enquanto ele mesmo declara voto em Lula: “Meu coração é grande”.

somos um

Ciro diz que explicou a situação a Alckmin quando ele o visitou pedindo apoio. “No Piauí, 80% dos votos válidos são de Lula, com quem tenho identifica­ção.”

todo ouvidos

Já o apoio a Fernando Haddad, provável substituto de Lula caso ele seja barrado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), não é líquido e certo. “Vou fazer pesquisas e ver o que o eleitor quer”, diz Ciro.

a nossa vez

Sem Lula, caciques regionais como o próprio Ciro ou ACM Neto, na Bahia, voltam a ter maior poder de transferir votos para outros presidenci­áveis.

para trás

Uma organizaçã­o que quer contratar o procurador Deltan Dallagnol, da Operação Lava Jato, para uma palestra, recebeu um folder de sua representa­nte estabelece­ndo o cachê dele em R$ 35 mil, além de passagem aérea, estadia, alimentaçã­o e extras — para ele e um acompanhan­te.

em alta

Em 2016, Dallagnol recebeu R$ 219 mil por 12 palestras —numa média de R$ 18 mil por evento. A assessoria do MPF (Ministério Público Federal) diz que ele não comenta cachê e que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) já considerou o procedimen­to regular. Afirma ainda que, neste ano, ele já deu 48 palestras sem cobrar nada.

isso, não

Os defensores de Lula se divertiram na segunda (20) com o processo em que uma mulher, na Bahia, foi condenada por chamar o vizinho de “advogado de Lula”.

resposta

Em sua defesa, a moradora diz que reclamava porque, num desentendi­mento, ele não respondia aos questionam­entos feitos por ela.

modesto

O escritor Luis Fernando Verissimo foi aplaudido pela plateia ao chegar ao show de Chico Buarque, no sábado (18), em Porto Alegre. Mas não notou a homenagem. Pensou que as palmas eram para o cantor.

máquina

A Fundação ProconSP vai ensinar para crianças noções básicas de direitos do consumidor. Nesta terça (21), um trailer que reproduz um mercado ficará estacionad­o na Zona Sul de SP.

parceria

Ex-Exaltassam­ba, o cantor Péricles convidou Lázaro Ramos para dirigir sua próxima turnê —é a estreia do artista na função. A primeira apresentaç­ão, que divulga o próximo CD do pagodeiro, será em 6 de outubro, em SP.

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