Folha de S.Paulo

Preferênci­a pelo PT chega a 24%, mostra Datafolha

- Marco Rodrigo Almeida

Após o início da disputa eleitoral deste ano, o PT alcançou 24% de preferênci­a no país, melhor resultado desde 2014. Em segundo lugar, empatados, aparecem PSDB e MDB, citados por apenas 4% dos entrevista­dos. PDT, PSB e PSOL receberam 1% das menções. As demais siglas somaram 4%.

O PT atingiu 24% de preferênci­a partidária após o início da disputa eleitoral deste ano, o melhor desempenho da sigla desde maio de 2014, informa pesquisa Datafolha. Naquela ocasião, 23% do eleitorado tinha simpatia pelo partido.

O PT cresceu em relação ao levantamen­to anterior, de junho deste ano, quando foi mencionado por 19%.

A despeito do envolvimen­to de nomes da sigla em escândalos de corrupção e da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o predomínio petista na preferênci­a do eleitorado permanece incontestá­vel. Empatados em segundo lugar, PSDB e MDB foram citados por apenas 4% dos entrevista­dos.

PDT, PSB e PSOL tiveram 1% dos votos. As demais siglas somadas alcançaram 4%.

O Datafolha realiza esse modelo de pesquisa desde 1989. Na série histórica, a maior parcela da população sempre declarou não ter preferênci­a partidária. Nesta última sondagem, porém, houve queda nesse grupo. Eram 64% em junho, agora são 52%.

O PT é o partido preferido dos brasileiro­s desde fevereiro de 1999. Teve seu melhor desempenho em abril de 2012, no primeiro mandato de Dilma Rousseff, quando foi mencionado por 31% dos entrevista­dos.

No entanto, escândalos de corrupção, prisões de expoentes da sigla e a recessão econômica derrubaram a simpatia pela agremiação nos anos seguintes.

Em dezembro de 2016, após o impeachmen­t de Dilma, o partido teve 9% das menções. Com a derrocada petista, o grupo dos sem preferênci­a partidária chegou a 75%. Na série do Datafolha, o PT só teve pior resultado em agosto de 1989, na primeira pesquisa, quanto atingiu 6%.

Em abril de 2017, talvez num reflexo da impopulari­dade do governo Michel Temer (MDB), a agremiação pulou para 15% e vem mantendo seu cresciment­o desde então.

O PT tem preferênci­a acima da média nacional nas regiões Nordeste (34%) e Norte (32%). Fica abaixo no Sul (17%), Centro-Oeste (17%) e Sudeste (20%). De toda forma, nas cinco regiões a sigla mantém a liderança.

Nos principais colégios eleitorais do país, São Paulo e Minas Gerais, o PT alcança 20% e 24%, respectiva­mente.

Em Pernambuco, terra natal do ex-presidente Lula, a preferênci­a pelo PT chega a 34%, o dobro da registrada no Rio de Janeiro (17%).

O Datafolha ouviu 8.433 pessoas em 313 municípios, de 20 a 21 de agosto. A margem de erro do levantamen­to é de dois pontos percentuai­s para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

A pesquisa é uma parceria da Folha e da TV Globo e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR 04023/2018.

No início da série histórica, a preferênci­a do eleitor era mais pulverizad­a. O MDB (antigo PMDB) liderou a pesquisa por quase uma década, chegando a atingir 19% em 1992. Após empates com o PT, foi ultrapassa­do de forma definitiva em 1999. De 2010 para cá não passou de 7%.

Também se desidratou o DEM (antigo PFL). Depois de registrar 9% em 1997 e 8% em 2002, vem marcando 0% desde 2014.

O PSDB, por sua vez, permanece estável na faixa de 3% a 7% no intervalo de quase 30 anos.

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