Folha de S.Paulo

Mineradora gasta R$ 370 mi para retomar operação

- Maria Cristina Frias cristina.frias1@grupofolha.com.br

A Anglo American desembolso­u US$ 90 milhões (R$ 370 milhões) para retomar sua operação, travada por causa de dois vazamentos consecutiv­os no duto que leva o minério do local da extração, no interior do país, ao porto, no litoral.

Os acidentes acontecera­m em março deste ano.

Para poder voltar a usar a estrutura de 529 quilômetro­s, a empresa fez uma inspeção pelo caminho que o minério percorre e se prepara para substituir canos ao longo de quatro quilômetro­s.

O Ibama concedeu licença para essa reforma no último dia 20. A troca de tubulação deve começar na próxima semana, segundo Ruben Fernandes, diretor-executivo da Anglo American no Brasil.

Em novembro, o duto voltará a ser usado. Enquanto o escoamento está comprometi­do, a companhia não extrai ferro de sua mina, que fica em Conceição do Mato Dentro (MG).

A empresa também paga para recuperar as áreas atingidas pelos vazamentos.

“O impacto total será de US$ 300 milhões (R$ 1,2 bilhão). Além dos US$ 90 milhões para recuperar a estrutura, colocamos empregados em férias coletivas, mas com cursos para eles, e há o custo do que deixamos de produzir.”

A produção deverá saltar mais de 50% no começo do ano que vem, afirma Fernandes. O Ibama deu licença para aumentar a infraestru­tura da mina no começo de 2018.

Com isso, o duto que chega ao Porto do Açu (RJ) será usado na sua capacidade máxima pela primeira vez.

O projeto começou com o empresário Eike Batista. Ele o vendeu, em 2008, à Anglo American. A operação foi iniciada em 2014.

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