Otavio Frias Filho recebe homenagem em São Paulo
Cerca de 500 pessoas, entre familiares, amigos e representantes da sociedade, participaram de cerimônia
Familiares, amigos, leitores da Folha, representantes da sociedade civil e da política participaram nesta segunda-feira (27) de cerimônia inter-religiosa em homenagem ao jornalista Otavio Frias Filho, morto na última terça-feira (21).
Pluralismo, uma das diretrizes do Projeto Folha, marcou o evento, que reuniu cerca de 500 pessoas em São Paulo.
Familiares, amigos, empresários, jornalistas, leitores da Folha, representantes da sociedade civil e de diferentes partidos políticos participaram no início da tarde desta segunda-feira (27) de uma cerimônia inter-religiosa em homenagem ao jornalista Otavio Frias Filho, morto na última terça (21) aos 61 anos.
O ato, na Matriz Paroquial Nossa Senhora do Rosário de Fátima, no Sumaré, zona oeste de São Paulo, foi celebrado por dom Fernando Antônio Figueiredo, bispo emérito da diocese de Santo Amaro, Michel Schlesinger, rabino da Congregação Israelita Paulista, e Priscila Veltri, do centro budista Chagdud Gonpa Odsal Ling, em São Paulo.
Jornalista, dramaturgo e ensaísta, Otavio (1957-2018) foi vítima de um câncer. Durante 34 anos, ocupou o cargo de diretor de Redação da Folha, período em que o jornal se tornou o maior e mais influente do Brasil. Foi mentor do Projeto Folha, que modernizou o jornalismo brasileiro na década de 1980.
Sob a gestão de Otavio, o veículo consolidou-se como uma referência no jornalismo apartidário, pluralista, crítico e independente.
Esse pluralismo se expressou na lista de presentes à cerimônia, que incluiu, entre outros, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o ex-governador e candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB), os senadores Kátia Abreu (PDT-TO), José Serra (PSDB-SP), Ana Amélia (PPRS) e Marta Suplicy (sem partido-SP), o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), e o ex-senador petista Eduardo Suplicy.
Também estiveram na igreja o cientista político André Singer, porta-voz do governo Lula, as atrizes Giulia Gam, Lígia Cortez e Mika Lins, o exministro Rubens Ricupero, o empresário Josué Gomes da Silva, o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, os médicos Miguel Srougi e Raul Cutait, o presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o editor de livros Luiz Schwarcz, a historiadora Lilia Schwarcz e o restaurateur Rogerio Fasano.
Com cerca de 500 pessoas, a cerimônia contou com a participação do Coro da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo). Sob regência do maestro William Coelho, apresentou os movimentos “Introitus”, “Kyrie”, “Libera Me”, “Pie Jesu” e “Agnus Dei”, do “Requiem” de Gabriel Fauré (1845-1924).
Os religiosos dom Fernando, rabino Schlesinger e Priscila Veltri destacaram características de Otavio Frias Filho, entre as quais a busca do diálogo e o estímulo ao contraditório.
Ressaltaram ainda a importância de seus pensamentos e objetivos na atual conjuntura (leia mais na página 14).
O editor-executivo da Folha, Sérgio Dávila, falou em nome dos funcionários do jornal. Ele enalteceu a capacidade de Otavio de impactar gerações em áreas tão distintas quanto jornalismo, teatro e ciência (leia a íntegra abaixo).
A atriz Bete Coelho leu trechos das peças “Tutankáton” (1991) e “Rancor” (1993), escritas por Otavio (leia as passagens na página 14).
Fernanda Diamant, editora da revista literária Quatro Cinco Um, com quem Otavio teve as filhas Miranda e Emilia, e os três irmãos do diretor de Redação, Maria Helena, médica, Luiz, presidente do Grupo Folha, e Maria Cristina, editora da coluna Mercado Aberto, receberam os cumprimentos dos presentes ao final da cerimônia inter-religiosa.