Otavio Frias Filho
Anos atrás, assisti a uma entrevista do Otavio e pensei: como alguém tão educado, com esse discernimento e visão do Brasil pode dirigir um jornal como a Folha? Naquele tempo, eu pensava que a Redação era uma pancadaria só entre esquerda e extrema esquerda. Hoje, penso diferente, embora não muito. Esta é a maior perda: a capacidade, exercida com humildade, de conter os extremos e cavalgar com habilidade, levando o jornal para a frente. A Folha tem um desafio: não deixar órfãos seus leitores. Abelardo Pádua Melo Filho (Barueri, SP)
Conheci Otavio na década de 1970, participamos juntos do renascer do movimento estudantil, num período em que não era fácil ser contra a ditadura, e nos tornamos amigos. Otavio foi uma pessoa brilhante, um grande brasileiro e profissional de imprensa, tendo ficado para história como um dos condutores da grande reforma editorial pela qual a Folha passou à época, assumindo o papel de ser um dos principais jornais do país.
Luiz Antonio Guimarães Marrey, procurador de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo
Na semana passada, o jornalismo latino-americano sofreu uma grande perda. Otavio foi um magnífico jornalista, ótima pessoa e um líder carismático de um dos principais jornais da América Latina.
Jaime Abello Banfi, diretor-geral da Fundação Gabriel García Márquez para el Nuevo Periodismo Iberoamericano
Tive a oportunidade de ser colega de Otavio Frias na São Francisco e de conviver com ele. Em setembro do ano passado, tivemos a conversa mais calorosa dos últimos tempos. Além de ser o grande responsável pela mudança do jornalismo brasileiro, com as inovações na Folha, transformando-a no mais importante jornal do país, Otavio era um amigo sempre a postos. Estamos todos muito tristes e já sentindo sua falta.
Fabio Feldmann, ex-deputado Constituinte e ex-presidente da Fundação SOS Mata Atlântica
Otavio deixa um importantíssimo legado para o jornalismo brasileiro de preocupação constante com o pluralismo e independência, que garantiram à sociedade informação de qualidade, fazendo com que a Folha se tornasse um jornal tão respeitado no Brasil e no mundo. Roberto Livianu, promotor de Justiça e Presidente do Instituto Não Aceito Corrupção
A Folha agradece as manifestações de pesar pela morte de Otavio Frias Filho recebidas de Carlos Velloso, advogado e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, Alberto Goldman, ex-governador de São Paulo, Paulo Alexandre Barbosa, prefeito de Santos, Mágino Alves Barbosa Filho, secretário da Segurança Pública de São Paulo, Walfrido dos Mares Guia, empresário, professor e ex-vice-governador de Minas Gerais, Danilo Miranda, diretor regional do Sesc São Paulo,
Jézio Hernani Bomfim Gutierre, diretor-presidente da Fundação Editora da Unesp, Jorge Peres, diretor-presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo,
Paulo Tonet Camargo, presidente da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), Daniela Manique, presidente do Grupo Solvay na América Latina, Leonardo Gadotti, presidente-executivo da Plural, e de João Carlos Mello, presidente da Thymos Energia.