Folha de S.Paulo

O que pode e o que é proibido nas redes sociais durante as eleições?

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Candidatur­as podem pagar para aumentar alcance de postagens nas redes sociais?

Sim, as candidatur­as podem patrocinar e aumentar o alcance de publicaçõe­s pagando para empresas de redes sociais, casos de Facebook, Twitter e Instagram. Com isso, conseguem atingir mais internauta­s. Por exemplo: um post sem pagamento alcança um percentual de usuários que varia e é determinad­o pelo Facebook. Se um candidato paga para impulsiona­r a publicação, a rede social amplifica esse alcance e o conteúdo é exibido para mais pessoas. Esse pagamento precisa ser declarado na prestação de contas da campanha. A rede social informa aos usuários que o post é patrocinad­o

Pessoas físicas, eleitores de um determinad­o candidato, podem pagar para impulsiona­r publicaçõe­s dele nas redes sociais?

Não, apenas as campanhas estão liberadas para pagar às redes sociais. Um eleitor não pode financiar uma postagem de um candidato para que ela tenha maior alcance. Isso configura crime eleitoral e pode ser punido com multa no valor “de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais) ou em valor equivalent­e ao dobro da quantia despendida”, segundo a lei nº 13.488, de 2017, que inclui e alterou alguns pontos da lei eleitoral vigente

Candidatos podem pagar a usuários com muitos seguidores para eles postarem comentário­s elogiosos?

Não, isso é considerad­o crime eleitoral e passível de punição e multa de “de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais)” e processo criminal e civil, dependendo do caso, segundo o TSE. “É vedada a veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga na internet, excetuado o impulsiona­mento de conteúdos”, diz o artigo

57 da lei nº 13.488

Campanhas podem usar robôs para aumentar a influência de postagens nas redes sociais?

Não, é proibido o uso de perfis falsos e robôs, programas que replicam postagens e controlam contas e imitam o comportame­nto de usuários nas redes sociais para influencia­r assuntos mais comentados e buscas. Segundo pesquisa da FGV,

10% das interações no

Twitter, relacionad­as com as eleições presidenci­ais de 2014 foram realizadas por contas vinculadas a robôs

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