No evento, leitores do jornal elogiam a atuação do diretor de Redação
Maria Inovete Bezerra, 85, aposentada, começou a ler a Folha na época da campanha das Diretas Já, porque, segundo ela, o jornal refletia seus anseios e de boa parte da população brasileira pela volta da democracia.
Quando soube da morte de Otavio Frias Filho, diretor de Redação da Folha e um dos mentores do apoio do jornal às diretas, ela achou que deveria participar da cerimônia inter-religiosa.
“Eu admirava muito o trabalho dele através das páginas do jornal”, disse a leitora, que saiu cedo de sua casa, na av. Nove de Julho, no centro de São Paulo.
Outro leitor presente, Fernando Freire, 62, psicólogo, tornou-se assinante da Folha quando cursava graduação em psicologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) no Rio. Sempre teve o caderno Ilustrada como referência e se lembra com exatidão da cobertura feita pelo jornal do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992.
“Eu acompanhava os textos do Otavio. Como somos da mesma idade, também me reconhecia no trabalho que ele realizava”, disse Freire.
Karin Bakke de Araújo, 72, professora, decidiu comparecer à cerimônia quando soube que seria um ato inter-religioso. Para ela, isso é um reflexo do que mais gosta nas páginas da Folha: o pluralismo.
Karin costuma utilizar o “Manual de Redação” da Folha em suas aulas de literatura e língua portuguesa, porque o considera um das melhores referências da linguagem jornalística e de sua diferença para a linguagem literária.
Suely Maria Silva, 69, aposentada, cresceu vendo o pai ler a Folha todos os dias. Quando ele morreu, há 30 anos, manteve a assinatura, porque considera que já fazia parte de sua história. “Não sei ficar um dia sem abrir o jornal.”
Ela diz ter se assustou ao ler sobre morte de Otavio, pois não sabia que ele estava doente. Não foi ao velório, mas compareceu à cerimônia.
Galeno Palma Cardoso, 71, engenheiro, e Carmem Palma Rennó, 65, artista plástica, passavam na frente da igreja Nossa Senhora do Rosário de Fátima quando viram a movimentação e entraram. Ao descobrir que seria uma homenagem ao diretor de Redação da Folha, o casal decidiu ficar. São assinantes da edição digital do jornal.
“Eu admirava muito o trabalho dele através das páginas do jornal
Maria Ivonete Bezerra aposentada
“Acompanhava os textos do Otavio. Como somos da mesma idade, também me reconhecia no trabalho que ele realizava
Fernando Freire psicólogo
“Não sei ficar um dia sem abrir o jornal
Suely Maria Silva aposentada