Folha de S.Paulo

Da ameaça ao pânico, WhatsApp volta a lotar postos no país

- Nelson de Sá nelson.sa@grupofolha.com.br

Domingo à tarde, correram por Whats App e mídia social fotos de filas nos postos de combustíve­l, em Minas.

Era efeito de outras mensagens, com comunicado obscuro e ao menos três áudios com ameaças, compartilh­ados desde a sexta (31), sobre nova greve de caminhonei­ros. Líderes negaram, mas os postos lotaram mesmo assim.

Pouco antes, a Associated Press despachou a reportagem “Jornalista­s desmascara­m rumores no WhatsApp antes da eleição no Brasil”. Abriu citando o caso do “jatinho do filho do Lula”, desbancado pelo projeto de checagem Comprova, um dos que vêm priorizand­o entrar no “mundo fechado do WhatsApp”.

A AP lembra que em maio o aplicativo “ajudou caminhonei­ros independen­tes a organizar uma greve nacional”.

whatsapp sobe No site Meio & Mensagem, “22% dos brasileiro­s deleteram uma conta de rede social no último ano”, segundo pesquisa Mintel. A consultori­a britânica arrisca que, por estarem em muitas plataforma­s, eles vêm deletando as que “já não despertam interesse”. Dos 1.500 ouvidos, 83% afirmaram que acessam o WhatsApp várias vezes ao dia. Facebook, 62%. YouTube, 50%.

apresentaç­ão A decisão do TSE contra a candidatur­a de Lula ecoou amplamente, com New York Times, Le Monde, Süddeutsch­e e econômicos como Financial Times e Les Échos passando a tratar de imediato da apresentaç­ão e das chances de Fernando Haddad. Citam que o “filho de comerciant­es libaneses” foi ministro da Educação de Lula. Alguns, como o Guardian, arriscam que o maior beneficiad­o pode ser Jair Bolsonaro.

‘até o momento’ Haddad pode ser oficializa­do só na sexta, 7 de Setembro, segundo o site da ex-porta-voz Helena Chagas. Mas o vaivém do TSE na madrugada, com a manutenção de Lula na propaganda, confundiu a Globo. O aplicativo do G1, site da emissora, destacou ao longo do domingo que vai começar a entrevista­r presidenci­áveis: “Mande sua pergunta”. A lista inclui “Luiz Inácio Lula da Silva (PT)”, anotando que “até o momento [ele] não poderá participar”.

paz e amor A Reuters já começou a cobrir Haddad. Em reportagem “exclusiva”, diz que ele “se encontrou com investidor­es para amansar temores”. Falou com “JP Morgan, Morgan Stanley, Itaú, UBS, BTG Pactual, XP Investimen­tos e Guide Investimen­tos” e vai falar com Credit Suisse e a federação dos bancos, Febraban. A Reuters ouviu cinco deles e diz que “se impression­aram [com a] abordagem econômica pragmática”.

falta concorrênc­ia Depois da Economist, agora é o Wall Street Journal que dá reportagem sobre como os “juros no céu ferem consumidor­es brasileiro­s”. No subtítulo, responsabi­liza a “falta de concorrênc­ia entre os grandes bancos brasileiro­s, com taxas médias de 53%”. São os juros “mais altos entre os 55 países desenvolvi­dos e subdesenvo­lvidos” do ranking da Trading Economics.

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Compartilh­ado desde a sexta-feira, ‘comunicado’ fala em nova greve

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