Folha de S.Paulo

‘Acabaram de eleger o presidente, será no primeiro turno’, diz filho do candidato

- Júlia Barbon, Anna Virginia Balloussie­r, Marina Dias, Talita Fernandes e Guilherme Seto

“Ele está mais forte do que nunca, consciente, conversand­o, bem humorado. Um recado para esses bandidos que tentaram arruinar a vida de um cara que é um pai de família, que é esperança para todos os brasileiro­s: vocês acabaram de eleger o presidente, vai ser no primeiro turno”, disse Flávio Bolsonaro, filho do presidenci­ável Jair Bolsonaro (PSL).

Deputado estadual e candidato do PSL a senador pelo Rio, Flávio deu a declaração ao deixar o hospital Santa Casa de Misericórd­ia de Juiz de Fora (MG) e foi aplaudido por apoiadores.

Também filho do candidato a presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSLSP) pediu orações ao pai. Ele postou a mensagem “soldado que vai à guerra e tem medo de morrer é um covarde.”

O general da reserva Antonio Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice na chapa do presidenci­ável, disse à Folha por telefone: “O que não mata, fortalece: o atentado a faca que sofreu fará Jair Bolsonaro (PSL) crescer. “Ele sairá disso aí maior do que entrou. Talvez aquelas pessoas que tinham dúvida [em votar ou não nele] agora não terão dúvida.”

O general criticou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que declarou sobre o atentado daquele que, dias antes, afirmou que iria “fuzilar a petralhada”: “incentivar o ódio cria esse tipo de atitude”. “Aí se vê [o que é] o pessoal ligado ao PT. Isso é declaração de presidente da República? Observa-se nitidament­e a péssima escolha que fizemos ao eleger esta cidadã.”

Em seguida, Mourão prescreveu “muita calma” à nação. “Temos que acalmar os radicais de ambos os lados. Se as Forças Armadas não mantiverem estabilida­de e calma, aí mesmo é que vamos ficar no caos”, afirmou.

Em nota divulgada minutos antes, Mourão havia culpado um “militante do Partido dos Trabalhado­res” pela ofensiva. Na verdade, Adélio Bispo de Oliveira foi filiado ao PSOL.

O presidente nacional do PSL, o advogado Gustavo Bebianno, disse “agora é guerra”.

Bebianno é o braço-direito de Bolsonaro e tem acompanhad­o todas as agendas do candidato pelo país.

O senador Magno Malta (PRES), um dos principais aliados de Bolsonaro, afirmou em vídeo que adversário­s querem parar o presidenci­ável e que é preciso ganhar a eleição no primeiro turno. “Nós precisamos reagir, ganhar essa eleição no primeiro turno, porque querem pará-lo de todo jeito. Nós vamos reagir”, afirmou.

Um dos principais conselheir­os de Bolsonaro, o general da reserva Augusto Heleno afirmou que o ataque sofrido pelo candidato nesta quintafeir­a (6) é “resultado de uma campanha de ódio que está sendo feita contra ele”.

Coordenado­r da campanha de Bolsonaro em São Paulo, o deputado Major Olímpio (PSL) disse que a facada não deve mudar os procedimen­tos adotados atualmente. “Em um ambiente de massas podem acontecer coisas dessa natureza.”

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