‘Acabaram de eleger o presidente, será no primeiro turno’, diz filho do candidato
“Ele está mais forte do que nunca, consciente, conversando, bem humorado. Um recado para esses bandidos que tentaram arruinar a vida de um cara que é um pai de família, que é esperança para todos os brasileiros: vocês acabaram de eleger o presidente, vai ser no primeiro turno”, disse Flávio Bolsonaro, filho do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).
Deputado estadual e candidato do PSL a senador pelo Rio, Flávio deu a declaração ao deixar o hospital Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora (MG) e foi aplaudido por apoiadores.
Também filho do candidato a presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSLSP) pediu orações ao pai. Ele postou a mensagem “soldado que vai à guerra e tem medo de morrer é um covarde.”
O general da reserva Antonio Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice na chapa do presidenciável, disse à Folha por telefone: “O que não mata, fortalece: o atentado a faca que sofreu fará Jair Bolsonaro (PSL) crescer. “Ele sairá disso aí maior do que entrou. Talvez aquelas pessoas que tinham dúvida [em votar ou não nele] agora não terão dúvida.”
O general criticou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que declarou sobre o atentado daquele que, dias antes, afirmou que iria “fuzilar a petralhada”: “incentivar o ódio cria esse tipo de atitude”. “Aí se vê [o que é] o pessoal ligado ao PT. Isso é declaração de presidente da República? Observa-se nitidamente a péssima escolha que fizemos ao eleger esta cidadã.”
Em seguida, Mourão prescreveu “muita calma” à nação. “Temos que acalmar os radicais de ambos os lados. Se as Forças Armadas não mantiverem estabilidade e calma, aí mesmo é que vamos ficar no caos”, afirmou.
Em nota divulgada minutos antes, Mourão havia culpado um “militante do Partido dos Trabalhadores” pela ofensiva. Na verdade, Adélio Bispo de Oliveira foi filiado ao PSOL.
O presidente nacional do PSL, o advogado Gustavo Bebianno, disse “agora é guerra”.
Bebianno é o braço-direito de Bolsonaro e tem acompanhado todas as agendas do candidato pelo país.
O senador Magno Malta (PRES), um dos principais aliados de Bolsonaro, afirmou em vídeo que adversários querem parar o presidenciável e que é preciso ganhar a eleição no primeiro turno. “Nós precisamos reagir, ganhar essa eleição no primeiro turno, porque querem pará-lo de todo jeito. Nós vamos reagir”, afirmou.
Um dos principais conselheiros de Bolsonaro, o general da reserva Augusto Heleno afirmou que o ataque sofrido pelo candidato nesta quintafeira (6) é “resultado de uma campanha de ódio que está sendo feita contra ele”.
Coordenador da campanha de Bolsonaro em São Paulo, o deputado Major Olímpio (PSL) disse que a facada não deve mudar os procedimentos adotados atualmente. “Em um ambiente de massas podem acontecer coisas dessa natureza.”