Folha de S.Paulo

Eleição em SP tem empate técnico entre Doria e Skaf

Suplicy mantém liderança na disputa pelo Senado, seguido por Covas Neto, aponta pesquisa

- Thais Bilenky

Com uma semana de horário eleitoral, o candidato ao governo paulista João Doria (PSDB) manteve 25% de intenções de voto, e Paulo Skaf (MDB) oscilou de 20% para 23%, mostra o Datafolha. No Rio, o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) alcançou liderança isolada, com 24%.

Uma semana depois do início do horário eleitoral gratuito, o candidato a governador paulista Paulo Skaf (MDB) oscilou positivame­nte de 20% para 23%, empatando tecnicamen­te com João Doria (PSDB), que se manteve com 25% das intenções de voto.

A primeira pesquisa Datafolha feita depois da propaganda eleitoral ir ao ar mostra ainda cresciment­o de 4% para 8% do governador Marcio França (PSB), que tem o segundo maior tempo de televisão, atrás apenas de Doria.

França está em terceiro lugar, empatado tecnicamen­te com Luiz Marinho (PT), que registrou 5%.

A margem de erro é de dois pontos percentuai­s para mais ou para menos (o nível de confiança é de 95%). O instituto ouviu 2.030 pessoas no estado de São Paulo de terça (4) a quinta (6). A pesquisa, encomendad­a pela Folha e pela TV Globo, está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (nº SP 07990/2018).

A candidata Professora Lisete (PSOL) marcou 2% e Major Costa e Silva (DC), 2%.

Os demais candidatos tiveram 1% ou menos.

Com a propaganda eleitoral no rádio e na TV, a parcela de eleitores sem candidato recuou de 37% para 30%. Entre esse grupo, a opção pelo voto nulo ou branco se reduziu de 26% para 22%, e a de indecisos, de 11% para 8%.

No mais recente levantamen­to, o Datafolha não aferiu a intenção de voto em eventual segundo turno. A pesquisa anterior é de 20 e 21 de agosto.

Na disputa pelas duas vagas no Senado, Eduardo Suplicy (PT) se manteve à frente, com 30%, seguido por Mário Covas Neto (Podemos), com 18%. Vêm atrás Major Olímpio (PSL), com 11%, e Mara Gabrilli (PSDB), com 8%.

Após renunciar ao mandato de prefeito 15 meses depois de assumi-lo para concorrer nas eleições, Doria continua com a rejeição mais alta entre os postulante­s. No cômputo geral no estado, 33% dos eleitores dizem que não votarão de jeito nenhum no tucano.

Na capital paulista, a taxa de rejeição a Doria (47%) é quase duas vezes maior que a registrada no interior (25%).

Marinho (24%) e Skaf (23%) têm rejeição similar, na frente de França (17%).

No campo conservado­r, a disputa entre Doria e Skaf, presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), é acirrada em diferentes segmentos.

Eles estão tecnicamen­te empatados no interior (25% a 23%, respectiva­mente), na capital (24% a 26%) e na pesquisa espontânea, quando o nome dos candidatos não é apresentad­o previament­e (10% a 7%).

O tucano abre vantagem em municípios com até 50 mil habitantes (24% a 14%), entre eleitores com 60 anos ou mais (28% a 22%) e entre os mais ricos (30% a 25%).

Os dois crescem entre os homens (29% e 26%).

Entre o total de eleitores paulistas, 55% disseram que ainda podem mudar de ideia ao longo da campanha eleitoral, sendo que os simpatizan­tes de Skaf estão mais propensos a isso (59%) do que os de Doria (54%).

Na primeira semana de horário eleitoral, os candidatos de modo geral priorizara­m a apresentaç­ão de suas biografias e projetos.

Mas, nos confrontos diretos em debates televisivo­s, Doria tem sido o principal alvo de ataques dos oponentes.

França polariza com o tucano ao bater na tecla de que, ao deixar a prefeitura, ele não cumpriu a palavra.

O atual governador reforça a associação de Skaf ao MDB de Sérgio Cabral e de Michel Temer, e outros oponentes mencionam que ele é o candidato do presidente.

Já o tucano ataca o PT, Marinho e o ex-presidente Lula.

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