No exterior, ‘foi o ato mais recente de violência política’
Ganhos
O New York Times enviou até alerta por celular, ao menos para os usuários do Brasil, e chamou na home page. Numa das versões finais de seu relato, o jornal destacou:
“O esfaqueamento foi o ato mais recente de violência política no Brasil, neste ano. A vereadora do Rio Marielle Franco foi executada em março, após agressores abrirem fogo contra seu carro. Dias depois, os ônibus de campanha do ex-presidente Lula foram alvo de tiros no Sul.”
O canal de notícias CNN entrou diversas vezes ao vivo e, a certa altura, abriu debate de quase cinco minutos no estúdio, com críticas ao extremismo de Jair Bolsonaro.
Também reproduziu, como muitos outros, da russa RT ao South China Morning Post e ao inglês Guardian, os “vídeos perturbadores”.
Bolsonaro foi descrito nos enunciados de veículos mundo afora como “Trump do Brasil”, como fez o Drudge Report, ou até “Trump dos trópicos” —além de “candidato da extrema direita”.
Da agência Reuters, em despacho que mobilizou nove jornalistas no país: “As ações e a moeda brasileira ampliaram os ganhos depois do esfaqueamento, já que os ‘traders’ apostam que o incidente poderia aumentar o apoio a Jair Bolsonaro, que escolheu um banqueiro treinado na Universidade de Chicago como seu principal conselheiro econômico”.
segura a esquerda E o Wall Street Journal ouviu, do estrategista-chefe da XP Investimentos, que “isso pode segurar o crescimento da esquerda” e até mesmo “reduzir a rejeição de Bolsonaro”.
‘expect chaos’ Antes mesmo do ataque, o Washington Post publicou análise de dois acadêmicos americanos, sobre “o que vem agora” no Brasil, com o veto judicial à candidatura de Lula. No destaque final, sumarizando a situação política “instável” no país, eles escrevem: “Espere o caos”.