Folha de S.Paulo

Maioria dos museus mais visitados no Brasil tem entrada grátis

- Eduardo Moura e Isabella Menon

Ranking do Ibram (Instituto Brasileiro dos Museus), mostra que 6 dos 10 centro culturais mais visitados no Brasil em 2017 têm entrada gratuita.

Entre aqueles com entrada franca estão as quatro unidades do Centro Cultural Banco do Brasil, o Tomie Ohtake, em São Paulo, e o Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, em Brasília.

As outras instituiçõ­es que completam a lista são o Museu do Amanhã, Catavento, Museu Nossa Senhora da Aparecida e o Museu de Arte do Rio —as entradas variam de R$8aR$20.

Os centros culturais com maior público estão localizado­s no eixo Rio-São Paulo, como o CCBB da capital fluminense, que foi o mais visitado em 2017, com uma procura de 1,3 milhão de pessoas.

Apesar de liderar a lista, a unidade carioca sofreu uma queda de cerca de 40% de visitantes na comparação do público de 2017 com o de 2016, ano que a cidade recebeu as Olimpíadas e o CCBB teve mais de 2 milhões de visitantes. A alta procura lhe rendeu a 66ª posição entre os mais visitados do mundo.

As outras três unidades do CCBB, em São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, também estão na lista. São instituiçõ­es particular­es, apesar de serem dependênci­as do Banco do Brasil —de economia mista, com capital público e privado.

Dos 10 museus mais visitados, 4 pertencem ao poder público. São eles o Catavento, com mostras dedicadas a crianças, Museu do Amanhã (Rio), que reúne mostras de ci- ência e tecnologia, Museu de Arte do Rio e o Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, em Brasília.

Também integram a lista o Instituto Tomie Ohtake, na capital paulista, e o Museu Nossa Senhora Aparecida, no interior de SP —que reúne peças arqueológi­cas e instrument­os sacros.

Nenhuma das instituiçõ­es com maior público é administra­da pelo Ibram —responsáve­l por 30 museus do Brasil, sendo que a metade fica no estado do Rio de Janeiro.

Localizado em Petrópolis, o Museu Imperial conta com o principal acervo da família imperial. A instituiçã­o é a que mais arrecada dinheiro entre as sob gestão do Ibram —neste ano, captou pouco mais de R$ 2 milhões.

A instituiçã­o fluminense parece ser mais bem servida de manutenção se comparada ao Museu Nacional do Rio.

Em 2017, por exemplo, o telhado da biblioteca precisou de uma reforma emergencia­l, concluída apenas 90 dias após o pedido de reparo.

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Alexandre Macieira/Riotur Exposição “Construçõe­s Sensíveis” no CCBB do Rio de Janeiro

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