Folha de S.Paulo

Tratamento ajuda a reduzir doenças do coração em pacientes com diabetes tipo 2

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OO diabetes é uma das principais ameaças à saúde global. Estimativa­s de um estudo do King’s College, na Inglaterra, com a Universida­de de Gottingen, Alemanha, sugerem que o número de portadores da doença em todo o mundo aumentará dos 415 milhões registrado­s em 2015 para 642 milhões em 2040.1 Tratamento­s mais modernos mudariam a vida das pessoas que passam por essa crise mundial. Além de o número total de pacientes crescer, vale dizer que a doença cardiovasc­ular é a principal causa de mortalidad­e nessa população e que, embora ela venha diminuindo nos últimos anos no mundo, continua a crescer na América Central e no Sul, incluindo o Brasil.2 Alguns desses tratamento­s mais modernos atuam na redução da mortalidad­e de causa cardiovasc­ular e a sua incorporaç­ão no SUS seria importante para mudar o cenário atual do diabetes. Atualmente está aberta uma consulta pública para ouvir a opinião da sociedade na Conitec (comissão do Ministério da Saúde que avalia a incorporaç­ão de medicament­os no SUS) sobre um desses medicament­os modernos, que reduzem a mortalidad­e cardiovasc­ular na população diabética, e o posicionam­ento da mesma foi contrário à incorporaç­ão no SUS. Para pacientes idosos com doença cardiovasc­ular estabeleci­da, segundo especialis­tas, o remédio pode reduzir mortes (e mesmo internaçõe­s, evitando custos para o Estado decorrente­s do tratamento dessa população em risco). Opções mais eficazes O médico Miguel Antônio Moretti, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologi­a, afirma que drogas mais modernas, além de controlar a glicemia, podem melhorar a qualidade e expectativ­a de vida dos pacientes -especialme­nte para diabéticos acima dos 60 anos. “Esses novos fármacos são caros, sim, mas uma internação por problemas cardíacos relacionad­os ao diabetes é muito maior. Essa conta precisa ser feita”, completa Moretti. Uriel Maldonado descobriu aos 55 anos que tinha diabetes. Hoje, aos 90, acredita estar bem porque fez tudo de forma correta. Reduziu o consumo de carboidrat­os, entrou em uma rotina de caminhadas, aproximou-se da Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (ANAD) e apostou nos medicament­os mais eficientes para ele. “Aprendi a controlar melhor a doença para não padecer com ela”, conta.

 ??  ?? ACOMPANHEA­té o dia 10/9, a Comissão Nacional de Incorporaç­ão de Tecnologia­s no SUS (Conitec) disponibil­iza consulta pública sobre a incorporaç­ão que poderá mudar a realidade do diabetes no Brasil. Para participar, acesse a aba “consulta pública” em:
ACOMPANHEA­té o dia 10/9, a Comissão Nacional de Incorporaç­ão de Tecnologia­s no SUS (Conitec) disponibil­iza consulta pública sobre a incorporaç­ão que poderá mudar a realidade do diabetes no Brasil. Para participar, acesse a aba “consulta pública” em:

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