Folha de S.Paulo

Peça mistura folclore com pirataria sem passar nenhuma mensagem

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Vida de Pirata

Indicação da crítica: a partir de 7 anos CCSP - sala Jardel Filho - R. Vergueiro, 1.000, Liberdade, região central, tel. 3397-4002, 321 lugares. Sáb. e dom.: 16h. Até 16/9. Ingr.: R$ 20. Ingr. p/ ingressora­pido.com.br. adw —

Mônica Rodrigues da Costa

A comédia musical “Vida de Pirata”, da Cia. do Liquidific­ador, dirigida e escrita por Fábio Spila, viaja pelo imaginário da pirataria em sua época de ouro, quando a bandidagem corria solta no Velho Mundo.

Com indumentár­ias de cangaceiro, chapéu de palha e bombachas gaúchas, os ladrões dos mares são comandados por uma capitã, que possui uma imediata bêbada e uma navegadora adivinha, vestida de baiana.

Ao lado do faxineiro faz-tudo e de um músico que toca acordeão, as tripulante­s do navio fazem trapalhada­s e exploram a linguagem do circo com cambalhota­s, trocadilho­s e estapeaçõe­s típicas do picadeiro.

Os atores têm talento, mas o espetáculo tem dois problemas. Em primeiro lugar, o enredo perde força da metade para o final porque apenas repete as peripécias.

Em segundo lugar, ao cenário da embarcação, que usa os símbolos da pirataria, como espada, canhão, baldes e tonéis, é sobreposto um figurino com a temática do folclore brasileiro, que não gera impacto nem significaç­ão. Não se sabe qual é a mensagem do grupo para além das piadas da comédia.

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Rafael Marques/Divulgação Daniel Assad, Cris Socci, Tatiana Abrantes, Letícia Calvosa e Renato Mescoki

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