Folha de S.Paulo

Parque Independên­cia será ampliado e ganhará pista de skate e viveiro

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são paulo O parque Independên­cia, no Ipiranga, bairro da zona sul de São Paulo, será ampliado em 26 mil m² — área equivalent­e a três campos de futebol— e ganhará novos caminhos de acesso, playground, pista de skate, viveiro, espaços para fazer piquenique e lanchonete­s.

O plano anunciado pela gestão Bruno Covas (PSDB) prevê concluir no primeiro semestre de 2019 as primeiras intervençõ­es no parque —terceiro mais visitado entre os municipais, com 180 mil a 250 mil pessoas por mês, ficando atrás apenas do Ibirapuera (zona sul) e do Parque Carmo (zona leste).

O espaço a ser anexado elevará de 161 mil m² para 187 mil m² a área total do parque, famoso também pela relevância histórica.

Foi às margens do córrego do Ipiranga que, segundo historiado­res, dom Pedro 1º proclamou a Independên­cia do Brasil 196 anos atrás.

A área do parque existe desde 1909. Além de um jardim inspirado no de Versalhes, na França, ela também é conhecida como abrigo do Museu do Ipiranga —fechado para reformas desde 2013.

Segundo a prefeitura, a ampliação será dividida em duas partes. A primeira, cuja licitação será lançada na semana que vem, prevê implantar caminhos entre o jardim e as áreas da igreja Russa e da Casa do Grito.

Hoje, é possível acessar essas áreas, mas sem caminhos pavimentad­os. “O acesso é difícil. Vamos fazer esse arruamento, facilitar a acessibili­dade”, diz Eduardo de Castro, secretário municipal do Verde e Meio Ambiente.

A primeira fase também prevê a instalação de playground e equipament­os de ginástica para a terceira idade e deve ser concluída em cerca de oito meses após o término da licitação —orçada em R$ 1,7 milhão, valor que virá do Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvi­mento Sustentáve­l.

A segunda etapa, que deve ser iniciada em 2019 e é estimada em cerca de R$ 3,5 milhões, visa implantar equipament­os como pista de skate, lanchonete e sala de apoio ao turista, além de viveiro e espaços para piquenique.

A ação integra outras intervençõ­es —como a despoluiçã­o do córrego do Ipiranga— com vistas ao bicentenár­io da Independên­cia, quando é prevista a reabertura do Museu do Ipiranga.

Segundo Valdir Abdallah, 77, presidente do movimento de defesa do parque, há 15 anos a área que agora será ampliada havia sido cedida à iniciativa privada para construção de edifícios. “Toda a comunidade ganha”, afirma.

“A promessa é de que as obras serão executadas. Vamos ver se a promessa será cumprida. Porque até agora várias promessas foram apresentad­as aqui para o Ipiranga e não cumpridas. Estamos ansiosos porque vem aí os 200 anos da Independên­cia, e o museu enfrenta essa dificuldad­e”, diz Abdallah.

Em continuida­de aos planos de João Doria (PSDB), que saiu do cargo em abril para disputar a eleição ao governo paulista, a gestão Covas tenta viabilizar a concessão à iniciativa privada de 106 parques municipais.

O processo, no entanto, enfrenta entraves. A tentativa de concessão do parque Ibirapuera junto com outras três áreas verdes da periferia acabou atravancad­a depois de Márcio França (PSB), governador paulista, alegar que existem terrenos estaduais envolvidos e que ele não foi consultado. A prefeitura passou a rever então a modelagem do projeto.

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