Folha de S.Paulo

Atraso devido à análise da Anvisa piora, diz setor

- Maria Cristina Frias cristina.frias1@grupofolha.com.br

A análise pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de produtos médicos importados tem gerado atrasos crescentes na liberação das cargas, segundo a Abraidi (de importador­es do setor).

O problema já havia sido notado há pelo menos dois meses em algumas categorias, principalm­ente na parte de diagnóstic­os in vitro.

A CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstic­o Laboratori­al) e outras entidades atribuem os prazos maiores a uma transição para os novos processos de liberação, idealizado­s para reduzir a burocracia e agilizar o desembaraç­o.

Houve um agravament­o da situação desde agosto e uma expansão para outros dispositiv­os, como próteses e stents, segundo Bruno Bezerra, diretor-executivo da Abraidi.

O tempo máximo de petições na fila estava em 23 dias úteis na última terça (11). O número, porém, não considera os processos mais rápidos e mais lentos, só os 90% que estão no meio, diz ele.

“Temos associados com cargas que aguardam análise há 40 dias úteis”, afirma.

“Muitas empresas mantinham um estoque para 13 dias úteis. Isso levou à falta de alguns itens em locais como Bahia, Espírito Santo e Rio.”

Procurada, a Anvisa diz que implementa um deferiment­o simplifica­do que deverá ter efeito nas próximas semanas.

“Contudo, principalm­ente nos produtos para a saúde, temos observado um aumento consideráv­el no número de petições de processos de importação”, diz o órgão.

“Diante disso, a Agência já abriu edital interno para seleção de novos servidores.”

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