Autodidata, incentivava a busca pelo conhecimento
JOSÉ ALESSANDRO DE SOUZA (1975-2018)
Na época do ensino regular e técnico era comum ver amigos procurando José Alessandro para pedir ajuda quando surgiam dúvidas em matemática, física ou programação. Ele era uma referência para muitos colegas e os auxiliava com prazer.
O desejo em colaborar com o próximo foi uma característica que cultivou. Não só incentivava todos a estudar e terem crescimento profissional, como contribuiu para que amigos e familiares conquistassem o primeiro emprego.
Autodidata, não se cansava em buscar conhecimento, em especial da área de exatas. Curioso nato, na adolescência se dedicou a aprender informática —numa época em que o setor não tinha muita abrangência no país. Para o desafio, teve a ajuda do pai, que o presenteou com um dos primeiros modelos de computadores lançados no país.
Em pouco tempo José Alessandro passou a dominar a programação e projetou sua carreira na área. Especializado em automação industrial, há 15 anos administrava sua própria empresa no setor.
Fascinado por astronomia, passava horas estudando sobre planetas e óvnis.
Nem por isso deixou de dedicar tempo à família e aos amigos. Era um pai brincalhão e amoroso para o pequeno José, 5, e um companheiro presente para Cristine, sua namorada desde os 17 anos.
Vivendo em Jacareí, no interior paulista, juntos eles estudaram, trabalharam, viajaram por várias cidades e países. Foram 26 anos de relacionamento. Em 2010, realizaram um sonho antigo ao celebrarem a união numa cerimônia religiosa em Fernando de Noronha (PE).
A intensa parceria foi interrompida no dia 6 setembro. Por complicações de uma hemorragia cerebral, José Alessandro morreu aos 43 anos. Deixa a mulher e o filho.
CLEMENTE SAYEG Aos 85, solteiro. Cemitério Israelita do Butantã, av. engenheiro Heitor Antonio Eiras Garcia, 5.530, Butantã.
MARIA IDES BENET Aos 90, viúva. Cemitério Israelita do Butantã, av. engenheiro Heitor Antonio Eiras Garcia, 5.530, Butantã.