Folha de S.Paulo

Palmeiras precisará vencer fora, e Corinthian­s leva empate para SP

Nas semifinais da Copa do Brasil, time alviverde perde, e alvinegro segura pressão do Flamengo

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PALMEIRAS 0 CRUZEIRO 1

são paulo Hernán Barcos, 34, foi artilheiro do Palmeiras e campeão da Copa do Brasil de 2012. Só não jogou as duas partidas da final por ter sido operado às pressas para retirada do apêndice. Seis anos depois, ele pode tirar seu antigo clube do torneio.

O atacante argentino fez o gol da vitória do Cruzeiro por 1 a 0, nesta quarta-feira (12), no Allianz Parque, pela partida de ida das semifinais. A volta será no dia 26, no Mineirão.

O Cruzeiro joga pelo empate para ir à final. Se vencer pela diferença de um gol, o Palmeiras leva a decisão para os pênaltis. Caso ganhe com dois ou mais gols de vantagem, se classifica. Na Copa do Brasil, o gol como visitante não é critério de desempate.

Foi a segunda vez que o Palmeiras começou perdendo uma partida desde que Luiz Felipe Scolari assumiu o comando, no final de julho. A primeira havia sido contra o Cerro Porteño (PAR), na partida de volta das oitavas da Libertador­es. Os paraguaios venceram por 1 a 0, mas a equipe brasileira se classifico­u.

O gol aos quatro minutos, quando Barcos saiu com a bo- la diante de Weverton e apenas deslocou o goleiro, fez com que o Cruzeiro confiasse ainda mais que seu esquema de se retrair e sair com toques rápidos era correto.

O Palmeiras também tentava tocar a bola com velocidade. Moisés acertou a trave em jogada individual. Quanto mais o tempo passava no primeiro tempo, mais a torcida se enervava com o que acreditava ser cera do Cruzeiro. A irritação passou da arquibanca­da para o campo.

Dudu levou cartão amarelo. Ele chegou a pedir para o árbitro Wagner Reway consultar o VAR para mudar a decisão de um lateral. O médico do Cruzeiro e Barcos se enfurecera­m com os maqueiros que tentaram tirar o argentino de campo quando este estava caído no gramado. Weverton reclamou do tempo gasto.

Esperava-se que o Palmeiras voltasse para o segundo tempo para pressionar. Isso não aconteceu. Como todas as equipes dirigidas por Mano Menezes, o Cruzeiro era disciplina­do taticament­e e paciente para ter a chance para sair da defesa.

A partir dos 37 minutos, os donos da casa tiveram um jogador a mais após a expulsão de Edílson por colocar a mão na bola. Ele já havia recebido cartão amarelo.

Egídio quase empatou a partida com um gol contra. Fabio fez grande defesa e não permitiu. Segundos depois, Lucas Lima acertou a trave.

Houve o gol, as reclamaçõe­s, bolas na trave, mas faltava a polêmica. No último lance da partida, Fabio saiu do gol e largou a bola. Antonio Carlos marcou, mas o árbitro invalidou, determinan­do que houve falta no goleiro.

FLAMENGO 0 CORINTHIAN­S 0

Também na noite desta quarta, o Corinthian­s segurou o Flamengo em um empate sem gols no Maracanã.

Na segunda partida de Jair Ventura no comando, a equipe apostou em proposta ainda mais cautelosa do que na derrota para o Palmeiras, no domingo (9), pelo Brasileiro.

Com a entrada de Gabriel no lugar de Roger, que não pode defender o clube na Copa do Brasil, o volante se juntou a Ralf e Douglas no meio-campo, aumentando o poder de marcação. Assim, Jair Ventura procurou primeiro frear o ímpeto dos flamenguis­tas, para depois tentar sair em contra-ataque, apostando na velocidade de Clayson e Romero.

Na primeira etapa, o Flamengo chegou a ter mais de 60% da posse de bola, um pouco atrapalhad­a pelo estado ruim do gramado do Maracanã. Porém, os cariocas esbarraram na defesa e passaram a tentar ameaçar o Corinthian­s em chutes de longa distância e bolas pelo alto.

Mesmo com a bola nos pés do rival, as chances mais claras de abrir o placar no primeiro tempo foram do Corinthian­s, que desperdiço­u ambas.

Paquetá recuou bola perigosa para a defesa rubro-negra e entregou no pé de Clayson.

O atacante invadiu a área em velocidade pela direita, mas chutou mal e acertou a rede pelo lado de fora. Logo na sequência, Douglas recebeu em boa condição de marcar, mas o chute cruzado saiu torto.

O segundo tempo manteve a tônica do primeiro, com o Flamengo tentando jogar com a bola no pé para criar as chances de gol. Mas o time novamente mostrou dificuldad­es para quebrar o bloqueio rival.

O técnico Mauricio Barbieri tentou dar mais poder de área com as entradas de Henrique Dourado e Lincoln. O Flamengo passou a buscar ainda mais a bola aérea, que só ajudou a confirmar as boas atuações de Henrique e Léo Santos no miolo de zaga corintiano, além de Cássio, de atuação segura no Rio de Janeiro.

Corinthian­s e Flamengo voltam a se encontrar no próximo dia 26, em Itaquera. Quem vencer avança para a final. Novo empate leva a decisão para os pênaltis.

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Paulo Whitaker/Reuters Gol de Hernán Barcos, que definiu a vitória do Cruzeiro no Allianz Parque
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Pilar Olivares/Reuters Corintiano Clayson e flamenguis­ta Cuellar disputam lance no Maracanã

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