Telepatologia digital permite análise profunda à distância
Agora imagine uma sala de cirurgia em que os oncologistas preparados para a remoção de um tumor estão acompanhados por um patologista especializado –cuja função é analisar, simultaneamente, se cada tecido removido tem ou não células tumorais (definindo a extensão do problema).
Isso já acontece em diversos hospitais; mas novos métodos de análise permitem, agora, que o especialista analise os resultados mesmo a centenas de quilômetros de distância.
A Telepatologia Digital é outro grande investimento realizado pela Dasa –R$ 15 milhões com o objetivo de melhorar o fluxo de trabalho entre patologistas, cirurgiões e clínicos, aumentando a agilidade e a precisão no diagnóstico e todo o planejamento do tratamento de um paciente.
O processo propõe uma mudança de paradigma na rotina da Anatomia Patológica. Hoje, as amostras de tumores são colocadas em lâminas e depois analisadas por meio de microscópio. Na nova tecnologia, o material é lido por scanners, que digitalizam a imagem em altíssima resolução para que os médicos façam a avaliação e a interpretação do material com grande precisão.
“Trabalhamos, por exemplo, com patologistas extremamente especializados que estão no Centro-Oeste do Brasil, e as imagens podem ser enviadas para a avaliação deles em questão de minutos”, explica Gustavo Campana, diretor médico da Dasa.
O escaneamento das lâminas que trazem as informações das amostras de tecidos dos pacientes torna possível, entre outros avanços, a formação de um banco de informações digital: a cada exame analisado, maior é a precisão do diagnóstico, pois o sistema se alimenta de novos dados que, cruzados, ampliam a eficiência da tecnologia.
No modelo atual, uma lâmina é analisada por um patologista que, em caso de dúvida, pode submeter suas observações e a peça a um colega do mesmo laboratório, por exemplo.
Com a Telepatologia, a mesma lâmina pode ser analisada simultaneamente por um número ilimitado de patologistas, em qualquer parte do mundo.
“Ao deparar com um tumor raro, por exemplo, é possível que um especialista experiente possa interpretar o exame e encaminhar de forma mais adequada aquele paciente”, diz Campana. É a personalização oferecida por uma tecnologia de ponta em prol da vida.
Trabalhamos com patologistas especializados que estão em todo o Brasil, e que hoje podem receber e avaliar imagens em questão de minutos Gustavo Campana, diretor médico da Dasa