Folha de S.Paulo

Compartilh­ar informação sobre a doença é uma autoterapi­a, dizem pacientes

- J. Marcelo Alves

A necessidad­e de compartilh­ar informaçõe­s sobre a própria doença foi um efeito colateral surpreende­nte, contam pacientes que participar­am de mesa no seminário promovido pela Folha.

Ramon Cordovil tornou-se conhecido ao aparecer na arquibanca­da de um jogo de seu time do coração, o Paysandu (Pará), com uma faixa com as frases “#DoeMedula #SomosTodos­Campeões”, em 2017.

O técnico em mecânica industrial estava careca e com o rosto protegido por máscara, devido à segunda recidiva da leucemia mieloide aguda.

Seu objetivo era incentivar a doação de medula, problema sério que ele não chegou a enfrentar, pois uma de suas irmãs era 100% compatível.

Superado o choque do diagnóstic­o —recebido como “uma sentença de morte”, segundo ele—, veio a necessidad­e de disseminar informação, a mesma que levou Vânia Castanheir­a, hoje coach de bem-estar e saúde e escritora, a criar um blog para falar sobre o seu câncer de mama. “Foi um processo de autoterapi­a”, definiu.

Com o tempo, o blog cresceu e deu origem ao livro “O Câncer Foi minha Cura”. Vânia também grava vídeos tutoriais para ajudar pacientes.

Outra fonte de ajuda são os grupos de suporte, sobretudo quando o paciente não dispõe de apoio e compreensã­o de família e amigos.

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Adriano Vizoni/Folhapress A partir da esq., José Ernesto Succi, Vânia Castanheir­a, Ramon Cordovil e Mariana Versolato

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