Compartilhar informação sobre a doença é uma autoterapia, dizem pacientes
A necessidade de compartilhar informações sobre a própria doença foi um efeito colateral surpreendente, contam pacientes que participaram de mesa no seminário promovido pela Folha.
Ramon Cordovil tornou-se conhecido ao aparecer na arquibancada de um jogo de seu time do coração, o Paysandu (Pará), com uma faixa com as frases “#DoeMedula #SomosTodosCampeões”, em 2017.
O técnico em mecânica industrial estava careca e com o rosto protegido por máscara, devido à segunda recidiva da leucemia mieloide aguda.
Seu objetivo era incentivar a doação de medula, problema sério que ele não chegou a enfrentar, pois uma de suas irmãs era 100% compatível.
Superado o choque do diagnóstico —recebido como “uma sentença de morte”, segundo ele—, veio a necessidade de disseminar informação, a mesma que levou Vânia Castanheira, hoje coach de bem-estar e saúde e escritora, a criar um blog para falar sobre o seu câncer de mama. “Foi um processo de autoterapia”, definiu.
Com o tempo, o blog cresceu e deu origem ao livro “O Câncer Foi minha Cura”. Vânia também grava vídeos tutoriais para ajudar pacientes.
Outra fonte de ajuda são os grupos de suporte, sobretudo quando o paciente não dispõe de apoio e compreensão de família e amigos.