Folha de S.Paulo

Bayer recorre de condenação nos EUA que associa glifosato a câncer

- Tássia Kastner

A Bayer entrou com recurso na Justiça americana nesta quarta-feira (19) para tentar reverter a condenação no caso do zelador que alega ter câncer por causa da exposição ao Roundup, agrotóxico da Monsanto à base de glifosato.

A ação ocorreu no mesmo dia em que a empresa incluiu em sua programaçã­o anual na sede da companhia, na Alemanha, um debate para defender o produto.

A Bayer, que comprou a Monsanto em junho, diz que o herbicida não causa a doença e pede que a sentença seja revisada ou anulada.

Em agosto, um júri da Califórnia condenou a Monsanto a indenizar o zelador de escola Dewayne Johnson em US$ 289 milhões (R$ 1,1 bilhão) em uma primeira decisão favorável do tipo em um dos 5.000 processos que tramitam nos EUA.

“Apesar de sermos solidários ao senhor Johnson e sua família, glifosato não é responsáve­l pela doença dele e o veredito nesse caso deve ser revertido ou anulado”, disse a Bayer em nota.

O herbicida à base de glifosato foi desenvolvi­do pela Monsanto em 1970 e é um dos mais usados no mundo.

Segundo a Bayer, existem mais de 800 estudos em diversos países que atestam a segurança do agrotóxico.

Outra frente de atuação para convencer a opinião pública da segurança do agrotóxico é fazer com que produtores defendam o produto publicamen­te.

A jornalista viajou à Alemanha a convite da Bayer

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