Folha de S.Paulo

‘Virada da morte’ em SP discute tabu sobre o tema no Brasil

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Começou nesta segunda (24) uma programaçã­o inédita no Brasil para discutir qualidade da morte a partir de palestras, workshops, intervençõ­es urbanas, filmes e peças teatrais. É uma espécie de “virada” sobre o fim da vida.

Inspirado em evento anual americano, Inspiraçõe­s sobre Vida e Morte (www.inspiracoe­ssobrevida­emorte.com. br) terá conferenci­stas nacionais e internacio­nais.

Um dos workshops apresentar­á o movimento doulas da morte, que ganha força nos EUA e Europa. O conceito é parecido ao das doulas que apoiam as mães e os seus parceiros durante a gestação e o parto, ou seja, oferecer suporte emocional aos que estão no fim da vida.

Para o consultor em desenvolvi­mento humano Tom Almeida, criador do evento, o tabu sobre a morte é tão grande que os brasileiro­s estão carentes de um espaço para falar à vontade sobre o tema.

Desde o ano passado, Almeida e a médica Ana Claudia Arantes, autora do livro “A Morte é um Dia que Vale a Pena Viver”), desenvolve­m juntos o projeto o Cineclube da Morte, no Caixa Belas Artes. Após o filme, organizam uma roda de conversa.

A ideia do evento, diz, é despertar nas pessoas uma maior consciênci­a sobre cuidados paliativos, aceitação da finitude como parte da vida e engajar todos, inclusive os profission­ais da saúde e estudantes.

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