Com voto feminino, Bolsonaro cresce; rejeição a Haddad sobe
Deputado, que ganhou 6 pontos entre as mulheres, tem 32%, diz Datafolha; Haddad oscila para 21%
Líder na corrida presidencial, Jair Bolsonaro (PSL) ampliou a vantagem sobre os rivais ao ganhar apoio nos segmentos em que enfrenta maior rejeição: as mulheres, os mais jovens e os eleitores do Nordeste. É o que mostra pesquisa Datafolha.
O deputado, que somava 28% das intenções de voto no levantamento anterior, está agora com 32%. Seu mais próximo perseguidor continua a ser Fernando Haddad, que oscilou de 22% para 21%. A rejeição ao petista disparou. Foi de 32% a 41%.
A preferência das mulheres —que correspondem a 52,5% do total do eleitorado— por Bolsonaro saltou de 21% para 27% mesmo após, sob liderança feminina, milhares terem protestado no país contra o capitão reformado no sábado (29).
Já entre os homens, a alta foi de um ponto (37% a 38%).
Na pesquisa, Ciro Gomes (PDT), com 11%, está empatado tecnicamente com Geraldo Alckmin (PSDB), que tem 9%. Nos cenários de 2º turno, Ciro é o único a bater Bolsonaro.
Líder da corrida presidencial, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) ampliou sua vantagem sobre os rivais ganhando votos nos segmentos em que enfrenta maior rejeição, as mulheres, os mais jovens e eleitores do Nordeste.
Segundo amais recente pesquisado Data folha, realizada nesta terça (2), o capitão reformado do Exército ganhou quatro pontos percentuais desde a semana passada e alcançou 32% das intenções de voto.
Liderados por mulheres, milhares de opositores de Bolsonaro foram às ruas das principais cidades do país protestar contra ele no sábado (29). Houve manifestações de admiradores no domingo (30), mas atraíram menos gente.
Em segundo lugar, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) oscilou de 22% para 21%. Sua rejeição aumentou, segundo o Datafolha. Ele vinha crescendo desde seu lançamento como substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na corrida e aparece estagnado na pesquisa pela primeira vez.
Entre as mulheres, Bolsonaro cresceu de 21% para 27% das intenções de voto, ultrapassando Haddad, que tem 20%. A taxa de rejeição de Bolsonaro é de 49% entre as mulheres.
O capitão passou de 31% para 36% no Sudeste e saltou de 35% para 44% no Sul. Haddad manteve a liderança no Nordeste, com 36%, mas sua vantagem diminuiu, porque Bolsonaro também cresceu na região, o mais fiel reduto petista.
Se Bolsonaro e Haddad mantiverem suas posições até o primeiro turno da eleição no domingo (7), os dois disputarão o segundo turno, no dia 28.
Segundo o Datafolha, Bolsonaro tem o equivalente a 38% dos votos válidos, ou seja, sem contar votos em branco e nulos. Para vencer no primeiro turno, ele precisaria conseguir mais de 50% dos votos válidos.
O Datafolha entrevistou 3.240 eleitores de 225 municípios nesta terça. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi contratada pela Folha.
Ciro Gomes (PDT), que disputava o campo da esquerda com o PT desde o início do ano, apareceu estagnado na pesquisa, com 11%, empatado com Geraldo Alckmin (PSDB), que oscilou de 10% para 9%.
Marina Silva (Rede), que em agosto disputava o segundo lugar com Ciro, despencou desde então. Da semana passada para cá, ela oscilou de 5% para 4%, segundo o Datafolha.
A taxa de rejeição do eleitorado a Bolsonaro oscilou de 46% para 45% eé amais elevada entre os candida tosque disputam aeleição,m asa d eH ad- d ad cresceu de 32% para 41%, encostando na do capitão.
Bolsonaro e Haddad empatam nas simulações do Datafolha para o segundo turno. No cenário em que os dois se enfrentam, Bolsonaro cresceu de 39% para 44% e Haddad oscilou de 45% para 42%.
O candidato petista herdaria quase dois terços dos eleitores de Ciro e metade dos votos obtidos por Alckmin e Marina.
Em outra simulação, Ciro aparece como mais competitivo no confronto com o capitão. Ele teria 46% e Bolsonaro, 42%. Se o segundo turno fosse com Alckmin, o tucano teria 43% e Bolsonaro, 41%.