PAINEL DO LEITOR
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Judiciário
Os últimos episódios mostram que, muito mais do que no Executivo ou no Legislativo, a ameaça a democracia está no Judiciário. Luiz Fux toma decisão que fere a liberdade de expressão. Dias Toffoli resolve reinventar a história, transformando a ditadura em “movimento de 1964”. Sergio Moro levanta sigilo de delação com investigação ainda em curso e a seis dias da eleição. Conselho Nacional de Justiça e ministros do Supremo se calam diante das barbaridades. Nossa Justiça está uma bagunça. Fabiana Tambellini (São Paulo, SP)
Ao decidir retirar o sigilo do depoimento do delator a seis dias das eleições, o juiz Sergio Moro pode eventualmente trazer dúvidas a respeito de sua retidão como magistrado. A delação, sejam verdadeiras ou não as declarações existentes nela, tem potencial para perturbar o espírito dos eleitores, particularmente o dos indecisos, influenciado no resultado da votação. A justificativa alegada de que a publicidade não traz riscos às investigações poderia ser até válida, se o sigilo fosse retirado após o pleito (“Moro divulga delação de Palocci, que acusa o PT de gastar 4 vezes o declarado”, Eleições 2018, 2/10). Fernando Versiani dos Anjos (Belo Horizonte, MG)
É, sim, chegada a hora de pôr as cartas na mesa. Fez muito bem Sergio Moro ao apresentar parte da delação agora. Nelson Garlipp de Mello (Caraguatatuba, SP)
A contenda entre os ministros Ricardo Lewandowski e Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, demonstra em que situação se encontra o Judiciário. Não se tratasse da corte máxima já seria um pesadelo, mas nesse caso é insuportável a atitude “leiga” de Fux ao censurar o jornal, passando dos limites (“Toffoli veta entrevista de Lula à Folha e respalda Fux contra Lewandowski”, Eleições 2018, 2/10). Nilton Nazar (São Paulo, SP)
Muito estranho o interesse da Folha em entrevistar Lula. Qual seria o interesse jornalístico dessa pauta? O jornal demonstra parcialidade, levando um palanque a domicílio. Realmente muito estranho. Milton Mattiazzo Medina (Carapicuíba, SP) Luiz Fux, ao censurar a tentativa da Folha de entrevistar Lula, comportou-se como se estivesse em regimes autoritários. Depois, insistem em dizer que o ex-presidente não é um preso político. Paulo Sérgio Cordeiro Santos (Curitiba, PR)
O espírito democrático da Folha não resiste à menor contrariedade.
Marcos Roberto A. da Fonseca (São Paulo, SP)
As pessoas precisam entender que a Folha trabalha com o que é notícia, seja boa, seja ruim. É dever do jornal manter seus leitores informados. Mauro Machado Gonzaga (Monte Carmelo, MG)
Sugiro à Folha entrevistar o ex-ministro Antonio Palocci. Pode ser depois das eleições. Luiz Antônio Alves (Caxias do Sul, RS)
Laerte foi sensacional ao retratar a nossa situação política, na qual estamos sendo calados (Opinião, 2/10). Bárbara Gaya Lopes (Ribeirão Preto, SP)
Eleições
Eu queria entender: os candidatos do centro não vão despertar e se unir, para evitar o pesadelo da polarização no segundo turno? Vão manter as suas cômodas e egoístas posições e morrer abraçados, de costas uns para os outros e de costas para a sociedade? Terão em suas carreiras esse vexame? Francisco Eduardo Britto (São Paulo, SP)
O artigo do empresário Ricardo Semler é um bálsamo em meio ao festival de besteiras que assola o país (“Alô, companheiro de elite”, Tendências / Debates, 2/10). É bom saber que há vida inteligente no Brasil. O autor é lúcido, crítico e sensato. Zoraide Inês Faustinoni da Silva (São Paulo, SP)
Ricardo Semler simplificou demais a análise. O PT quer que o Brasil vire uma Venezuela. A elite foi às ruas para salvar o país. Se isso não tivesse ocorrido, o autor estaria enviando email de Miami. Jair Bolsonaro não é exatamente um sonho, mas ajuda o Brasil a ir na direção correta. Elias Glik (São Paulo, SP) As palavras de Luciano Hang, dono da Havan, e sua camiseta (“O Brasil que queremos só depende de nós”) exprimem realmente o que pensa o empresariado que apoia Jair Bolsonaro (“‘Quanto mais malho o PT, mais vendo’, diz dono de rede de lojas”, Eleições 2018, 1º/10). O candidato do PSL governará para o povão ou para quem Hang representa? Wilson Domingos da Costa (São Paulo, SP)
Ex-reitor da UFSC
O ocorrido [o suicídio de Luiz Carlos Cancellier], como lembrado pelo atual magnífico reitor da UFSC, Ubaldo Cesar Balthazar, representa a máxima arbitrariedade que a máquina pública pode perpetrar contra um cidadão. Todos nós queremos um país com menos corrupção, mas certamente não pela via da banalização de direitos e garantias individuais (“Uma universidade sem medo”, Tendências / Debates, 2/10). Rene Sampar (Curitiba, PR)
O que aconteceu com Cancellier envergonha o Brasil. É uma tragédia, é uma injustiça que não foi reparada e que não deve, e não será, esquecida. Maria Alvares (São Paulo, SP)
Angela Maria
Feliz a ideia da Folha ao pedir a Rodrigo Faour para escrever o texto sobre a morte de Angela Maria (“A noite e a despedida”, Ilustrada, 1º/10). Dá gosto ler um texto escrito por alguém que conhecia a cantora e sua obra. O texto complementar de Ruy Castro também está um primor. Uma página para ser guardada. Alberto Villas (São Paulo, SP)