PT vê onda contrária e buscará eleitor mais pobre
são paulo A campanha de Fernando Haddad (PT) considera que uma onda de voto evangélico se concretizou contra o petista e que o candidato precisa reforçar o canal direto com o eleitor mais pobre caso queira revertê-la e chegar ao segundo turno.
Em reunião nesta terça (2), em São Paulo, integrantes da campanha do PT ao Planalto se debruçaram sobre pesquisas —inclusive as encomendadas pelo próprio partido— e identificaram um crescimento do apoio a Jair Bolsonaro (PSL), principalmente entre eleitoras mulheres, pobres e evangélicas, que ganham até dois salários mínimos.
Os resultados alarmaram o QG petista, que passou a temer uma vitória do capitão reformado ainda no primeiro turno caso seu crescimento não seja estancado.
Na avaliação de petistas, o último fim de semana de setembro marcou a entrada definitiva de líderes evangélicos na campanha presidencial, o que pode ter alimentado o sentimento anti-PT e as intenções de voto a favor de seu principal adversário.
No domingo (30), Edir Macedo, que comanda a Igreja Universal do Reino de Deus, declarou apoio ao capitão reformado. Nesta terça, foi a vez do presidente emérito da Assembleia de Deus, pastor José Wellington.
Na opinião de auxiliares de Haddad, o movimento pode provocar um efeito cascata em outras denominações, que devem orientar o voto dos fiéis durante os cultos, por exemplo.