Folha de S.Paulo

Mourão ataca 13º de novo, mesmo após reprimenda

- Guilherme Seto

são paulo O general Hamilton Mourão (PRTB), vice na chapa do presidenci­ável Jair Bolsonaro (PSL), voltou a criticar o 13º salário nesta terça-feira (2). Ele disse que, no fim das contas, todos saem prejudicad­os por causa do pagamento.

“O 13º eu simplesmen­te disse que tem que ter planejamen­to, entendimen­to de que é um custo”, disse ele a jornalista­s em São Paulo.

“Na realidade, se você for olhar, seu empregador te paga 1/12 a menos [por mês]. No final do ano, ele te devolve esse salário. E o governo, o que faz? Aumenta o imposto para pagar o meu. No final das contas, todos saímos prejudicad­os.”

Na semana passada, no RS, ele chamou o 13º de “jabuticaba brasileira”, uma “mochila nas costas dos empresário­s” e “uma visão social com o chapéu dos outros”.

Após a crítica, Mourão foi duramente repreendid­o por Bolsonaro, que pediu que ele ficasse “quieto” porque estava “atrapalhan­do”. O presidenci­ável escreveu nas redes sociais que quem fala em mexer no salário comete “ofensa ao trabalhado­r” e “confessa desconhece­r a Constituiç­ão”.

Nesta terça, o vice falou que “não pode acabar” o 13º e que empresas fecham porque não têm como pagálo. “O que mostrei é que tem que haver planejamen­to.”

Sobre a chamada de atenção que recebeu de Bolsonaro, o general atribuiu à “maneira dele de se expressar” e usou uma expressão em inglês para minimizar o estresse: “I can live with that” [posso viver com isso].

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