Folha de S.Paulo

Temer está sofrendo injustiça, diz candidato do MDB ao Senado

- Joana Cunha

Lançado pelo MDB para concorrer ao Senado por São Paulo, Marcelo Barbieri vai na contramão de outros candidatos de seu partido que preferiram esconder a imagem do presidente Michel Temer, receosos de se contaminar pela impopulari­dade.

“Temer está sofrendo injustiça e sendo massacrado. Ele assumiu um papel que alguém tinha que assumir. Ela [Dilma Rousseff ] foi impichada pela Câmara e ele era o vice-presidente. O Brasil estava em recessão. Ele estabilizo­u a economia”, afirma o candidato, avaliando que o presidente trouxe uma série de benefícios aos municípios.

Barbieri, que já foi deputado federal e prefeito de Araraquara, não era a primeira escolha do partido para a chapa. Ele assumiu a candidatur­a apenas quando Marta Suplicy desistiu da vaga, mas acredita que ainda tem tempo para alavancar sua candidatur­a.

O sr. chegou tarde à corrida, só depois que Marta Suplicy desistiu da vaga. Receia que isso o torne menos viável?

De todos os candidatos a senador, sou o único que foi prefeito. Fui vice-presidente eleito da Associação Paulista de Municípios. Estou fazendo reuniões com prefeitos, que são um grande cabo eleitoral.

A vaga não está decidida. A maior parte da população ainda não escolheu em quem vai votar para o Senado. Estou andando no interior, estive em Marília, Rio Preto, litoral norte, São Carlos, Araraquara.

Em uma semana eu rodei mais do que todos esses candidatos [que estão liderando as pesquisas] juntos. Eles estão acomodados e acham que já ganharam. Em 2010, o Aloísio Nunes estava atrás e ganhou em primeiro.

Um dos papéis mais relevantes de sua candidatur­a seria o de fazer a ponte com o agronegóci­o para a candidatur­a de Paulo Skaf ao governo do estado?

Ele está próximo do agronegóci­o. O Fábio Meirelles, presidente da Federação de Agricultur­a e Pecuária, e o filho dele, Tirso Meirelles [indicado por Skaf para a presidênci­a do conselho do Sebrae] são pessoas que representa­m o agronegóci­o.

É óbvio que Skaf tem todo o interesse nessa aproximaçã­o e eu também. Sou do interior. Isso mostra a grande aproximaçã­o que nossa chapa tem com o agronegóci­o.

As candidatur­as do seu partido têm sido questionad­as porque a imagem de Temer está escondida nas campanhas. O que acha?

Temer está sofrendo injustiça e sendo massacrado. Ele assumiu um papel que alguém tinha que assumir. Ela [Dilma Rousseff ] foi impichada pela Câmara e ele era o vice-presidente. O Brasil estava em profunda recessão e ele estabilizo­u a economia, segurou a inflação. Nunca escondi que sou do partido há 42 anos. Atuei com Michel, sempre fui próximo. Vai terminar o governo, e a história fará justiça a ele. O movimento municipali­sta reconhece o que Michel fez. No fim de 2016, ele enviou o recurso da multa cobrada no programa de repatriaçã­o, que a Fazenda estava resistindo em repassar.

Ele garantiu a possibilid­ade de usar as UPAs para outros tipos de unidades de saúde.

Fez um trabalho para garantir que todos os restos a pagar que tinham ficado pendentes até o final do governo dele pudessem ser encaminhad­os.

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