Popular, Haley pode estar manobrando para se candidatar
Desde que Trump assumiu a Presidência dos EUA, 23 altos funcionários deixaram o governo ou foram demitidos. É uma rotatividade inédita, alimentada por conflitos internos e acusações de corrupção. Mas a saída de Haley parece ser de uma natureza diferente.
Para começar, ela não passou por processo de fritura, como aconteceu com Tillerson, que caiu em desgraça com Trump. O presidente americano até afirmou esperar que Haley volte à Casa Branca em outro cargo.
E, ao contrário de outros integrantes, Haley não saiu queimando pontes. Ela elogiou longamente o presidente.
Haley divergia do presidente em muitos aspectos, às vezes publicamente. Ela foi muito mais crítica à Rússia do que Trump. Em dezembro, afirmou que as mulheres que acusavam Trump de assédio sexual “deveriam ser ouvidas”.
Mas a embaixadora nunca deixou de cumprir à risca a política isolacionista dos EUA, mesmo sendo imensamente desconfortável para uma representante do país na ONU.
Quando os EUA foram atacados por mudar a embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, Haley ameaçou cortar ajuda financeira dos países que criticaram a decisão. “Haverá votação de uma resolução na ONU criticando nossa escolha. Sim, nós iremos anotar os nomes [de todos que assinarem]”, disse.
Ela supervisionou a saída do EUA do Conselho de Direitos Humanos da ONU, o corte do financiamento americano para a agência para refugiados palestinos e defendeu sanções duras contra Irã e Venezuela.
Apesar de ter afirmado que não pretende se candidatar à Presidência em 2020, não se pode descartar que esteja em curso uma manobra para polir suas credenciais políticas. Haley sempre foi a integrante mais popular do governo.
Possivelmente, o cargo ha-