Folha de S.Paulo

Reforma do Estado está atrasada, diz Paulo Guedes

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Ao deixar um encontro com o núcleo da campanha de Bolsonaro, o economista Paulo Guedes, cotado para ministro da Fazenda, defendeu a reforma do Estado como principal proposta de um eventual governo.

“A reforma do Estado é movimento natural e secular que está atrasado. Temos de acelerar as privatizaç­ões para dar continuida­de à reforma do Estado”, disse.

Sem mencionar quais estatais sairiam da mão do governo, o economista afirmou que essa reforma tem como base as privatizaç­ões e a realização de reformas estruturan­tes, entre elas a da Previdênci­a.

O principal fiador econômico da candidatur­a de Bolsonaro ao Palácio do Planalto evitou dizer se vai priorizar a reforma das regras de aposentado­ria no início do governo.

“Quando você está fazendo privatizaç­ões, você está fazendo uma reforma do Estado. Quando você está mexendo na Previdênci­a, você está fazendo uma reforma também estruturan­te na forma de funcioname­nto da Previdênci­a.”

Guedes disse acreditar que mesmo os políticos de oposição devem apoiar a agenda de reformas por causa da falta de recursos para estados e municípios.

“Mesmo prefeitos do PT vão votar nas reformas porque eles precisam de recursos para fazer escolas, saúdes, saneamento. As cidades estão com dificuldad­es, os governos estaduais estão quebrados.”

Guedes prometeu também fazer um novo eixo de governabil­idade por meio de uma aliança de centro-direita baseada em uma economia liberal.

Entre as mudanças, destacou a descentral­ização de recursos para estados e municípios e a recuperaçã­o do Orçamento da União.

Ele comemorou ainda a movimentaç­ão do mercado financeiro com a alta da Bolsa e a queda do dólar após a ida de Bolsonaro para o segundo turno como primeiro colocado.

O economista, porém, evitou falar qual seria a primeira ação na área econômica se Bolsonaro vencer.

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