Folha de S.Paulo

Equipes decidem Copa do Brasil com contraste no planejamen­to

- LCeLT

CRUZEIRO CORINTHIAN­S

21h45, Mineirão

Na TV: Globo, SporTV e Fox Sports

Cruzeiro e Corinthian­s chegam à decisão da Copa do Brasil com planejamen­tos bem distintos. Enquanto um clube manteve a base e fez contrataçõ­es pontuais após a conquista de um título nacional na temporada passada, o outro perdeu peças importante­s e praticamen­te montou uma nova equipe.

Atual campeão e maior vencedor da competição ao lado do Grêmio —5 vezes—, o Cruzeiro seguiu o planejamen­to à risca após ganhar o torneio.

A primeira medida foi renovar o contrato de Mano Menezes. Mesmo antes de ser empossado, o presidente Wagner Pires de Sá renovou o vínculo do treinador até o final de 2019. Na oportunida­de, Mano era cobiçado pelo Palmeiras.

“Eu sempre preguei que a continuida­de do trabalho é algo diferencia­do para os treinadore­s. Já tinha saído uma vez do Cruzeiro para ir à China porque não tinha como dizer não. Não seria correto eu voltar para o Cruzeiro e, de novo, não dar sequência ao trabalho. Se saio de novo, estaria jogando fora o que construi”, disse o treinador à Folha.

Dos jogadores que enfrentara­m o Flamengo na decisão do ano passado, apenas três saíram: o lateral Diogo Barbosa, o volante Hudson e o meiaatacan­te Alisson.

O primeiro foi negociado com o Palmeiras, enquanto o segundo retornou de empréstimo para o São Paulo. Já Alisson foi envolvido em uma troca com o Grêmio, que repassou o lateral direito Edílson, posição carente no elenco cruzeirens­e.

O time também contratou o lateral esquerdo Egídio e os atacantes Barcos e Fred.

Mano ainda encontrou no próprio elenco os substituto­s de Hudson e Alisson. Lucas Silva, bicampeão brasileiro pelo clube, entrou na vaga do volante, enquanto Arrascaeta e Rafinha costumam atuar como segundo atacante.

Já o Corinthian­s sofreu dois desmanches desde a conquista do Brasileiro de 2017. Em um primeiro momento, perdeu o zagueiro Pablo, o lateral Arana e o atacante Jô. Neste ano, viu a saída de Balbuena, Maycon e Rodriguinh­o. Até Sidcley, que veio como reforço para 2018, também já saiu.

O time ainda perdeu o treinador Fabio Carille, que acertou com o Al Wehda, da Arábia Saudita. Efetivou o auxiliar Osmar Loss, que não vingou, e contratou Jair Ventura.

Os únicos remanescen­tes do setor defensivo, ponto forte da equipe no ano passado, foram Cássio e Fagner. Outras peças importante­s e que ainda continuam são o volante Gabriel, o meia Jadson e os atacantes Romero e Clayson.

“O Cruzeiro passa a ser favorito por conta dessas situações. Todos os treinadore­s querem estar dois anos conhecendo o seu time, reforçando, perdendo peça e trazendo outras. Porém, quando a bola rola é diferente”,afirmou Jair Ventura.

Ele não contará nesta quarta com o volante Douglas, suspenso. Gabriel será o substituto. Recuperado, Fagner está confirmado. Já Mano não terá o uruguaio Arrascaeta, convocado por sua seleção. Rafinha herdará a vaga.

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