Folha de S.Paulo

Eleição presidenci­al

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Se Fernando Haddad quer os votos dos que se opõem ao “bolivarian­ismo” e “controle social do Estado”, é fácil. Troque seu programa de governo registrado no Tribunal Superior Eleitoral. Registre um programa de partido social-democrata —o colunista Celso Rocha de Barros diz que o PT é reconhecid­o assim por partidos no exterior— e terá uma enxurrada de votos de democratas no dia 28. Do contrário, como no jogo do bicho, vale o que está escrito (“As vozes de Bolsonaro e Haddad”, Eleições 2018, 15/10). Flávio Madureira Padula (São Paulo, SP)

Sem debates, não deveria haver eleição, pois o vencedor não seria legítimo. Precisamos definir com os médicos de Jair Bolsonaro (PSL) um formato que não prejudique sua saúde (acompanham­ento médico, pausas frequentes, videoconfe­rência). Espero que a Folha lance o movimento por um “debate já!”. Sem debate não há democracia.

Numa Sales de Paiva (São Paulo, SP)

Não importa quem sejam os candidatos nem mesmo o que falam ou prometem. Geralmente, candidatos vivem da política ou do dinheiro público. São apenas demagogos em busca de vencer as eleições, pois sabem que o povo esquece facilmente e continuará a votar, por um bom tempo ainda, nos mentirosos ocasionais. Arnaldo Gomes (Estrela D’Oeste, SP)

O contexto eleitoral tem mostrado um lado triste do eleitor, pelo menos de certos grupos. Falta informação. Como consequênc­ia, falta senso crítico, visão de políticas públicas. E o que é mais lamentável: mentiras e chacotas rasteiras inundam as redes sociais. Perdese um precioso tempo, que poderia ser dedicado a discussões para melhorar a educação, para extirpar fontes geradoras de violência, para mostrar o lado positivo de cada candidato. O comportame­nto de partidário­s parece o de uma seita. Francisca Santos (São Luís, MA) É inadmissív­el que a Folha não trate Bolsonaro como um político de extrema direita. Todos os seus posicionam­entos claramente pregam a violência como método de ação. Paula Cesarino Costa está coberta de razão (“O que é ser de extrema direita”, Ombudsman, 14/10). Bruno Perillo, ator (São Paulo, SP) Se Bolsonaro é um extremista de direita, como sugere a ombudsman, também sou. Nunca votei com tamanha convicção, como faço agora, em toda a minha vida.

Luiz Alberto M. C. Barros (Guaratingu­etá, SP)

Diante de tantas opiniões catastrófi­cas (governo fascista, comunista, homofóbico, misógino, autoritári­o etc.) publicadas na Folha nos últimos meses, é um alento ler o artigo “Ele não pode tudo” (Opinião, 15/10), de Vinicius Mota, no qual há uma análise sensata do quadro político-constituci­onal com que se defrontará o próximo presidente. Laertes Nardelli (Blumenau, SC)

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