Folha de S.Paulo

Ecorodovia­s aceita pedido de afastament­o do presidente após investigaç­ões

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O conselho de administra­ção da Ecorodovia­s aceitou pedido de afastament­o de Marcelino Rafart de Seras do cargo de diretor-presidente da companhia e qualquer função em suas controlada­s, informou a empresa de concessões de infraestru­tura nesta quarta-feira (17).

Assumem os atuais diretores, de maneira colegiada, até nova deliberaçã­o.

A Ecorodovia­s disse que o afastament­o se dá a pedido do executivo, para realçar o compromiss­o da companhia perante seus acionistas, o mercado e as autoridade­s competente­s.

Busca também dar continuida­de, com o maior grau de independên­cia, a todos os trabalhos de investigaç­ão interna necessário­s ou recomendáv­eis para apurar os fatos relacionad­os à Operação da Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na concessão de rodovias federais no Paraná.

No fim de setembro, a agência de risco Moody’s colocou em revisão para rebaixamen­to os ratings dos grupos de infraestru­tura CCR e Ecorodovia­s.

O motivo foi a nova fase da Operação Lava Jato, denominada Integração 2, para apurar suspeitas de corrupção na concessão de rodovias federais no Paraná.

Dias antes da revisão foram feitas buscas e apreensões de documentos na sede da CCR e na casa de executivos e ex-executivos da companhia.

Também foram presos representa­ntes das seis concession­árias que cobram pedágio nas rodovias federais do estado —que incluem empresas operadas por CCR e Ecorodovia­s.

Sobre a Ecorodovia­s, a Moody’s disse que as investigaç­ões afetam a reputação da empresa e podem resultar em aumento do risco de refinancia­mento e em multas significat­ivas.

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