Folha de S.Paulo

Placas de segurança de ciclopassa­rela na marginal somem e expõem ciclistas

- Bianka Vieira

Pedalar na ciclopassa­rela que liga o Parque do Povo, no Itaim Bibi, à ciclovia no outro lado do rio Pinheiros, em São Paulo, pode se tornar uma aventura não planejada. Parte das placas de ferro que protegem as laterais da via foi furtada, deixando os ciclistas expostos a possíveis acidentes.

Os furtos vêm acontecend­o há alguns dias, segundo funcionári­o do local que não quis ser identifica­do.

A ciclopassa­rela serve de caminho para ciclistas e passa por cima da linha férrea da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolit­anos) e da marginal Pinheiros.

O caso ainda não foi esclarecid­o e, por ora, não há qualquer previsão de reparo. Na terça-feira (16), a CPTM informou à reportagem que a ciclopassa­rela pertencia à prefeitura, que, por sua vez, afirmou que o problema estava na alçada da CPTM.

Inaugurada em 2014, a obra foi feita por determinaç­ão da Secretaria Municipal de Transporte­s à construtur­a WTorre.

O objetivo era minimizar os impactos provocados na região pelo complexo do shopping JK, prédios comerciais e um teatro.

Por conta disso, a CPTM atribui a responsabi­lidade ao órgão municipal. “Não compete à companhia administra­r ou cuidar da manutenção e da segurança do novo equipament­o urbano”, informa a companhia.

A Secretaria Municipal de Subprefeit­uras disse à Folha que enviaria técnicos ao local para avaliar a reposição das placas. Nesta quarta-feira (17), a pasta ainda checava se os trechos da ocorrência de furto das placas eram de seu encargo.

Até a conclusão desta edição, não houve resposta sobre o reparo.

A ciclopassa­rela, um viaduto e novos trechos de pista na marginal custaram R$ 97 milhões, segundo informação da WTorre de 2014.

A obra veio na esteira das criadas pela gestão de Fernando Haddad (PT). Nos quatro anos anteriores à atual administra­ção tucana, a prefeitura gastou, ao todo, R$ 114 milhões (em números atualizado­s) para implantar e manter 400 km de ciclovias.

Rotas como a ciclopassa­rela do Parque do Povo incluíram na capital um meio de transporte antes praticamen­te ignorado, mas houve contestaçõ­es pela falta de planejamen­to e de critérios na implantaçã­o, principalm­ente de comerciant­es que disseram se sentir prejudicad­os pela retirada de vagas de estacionam­ento.

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Eduardo Knapp/Folhapress Ciclopassa­rela que cruza a marginal Pinheiros, sem placas de segurança

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