Folha de S.Paulo

Embraer tem queda de entrega de jato comercial

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A Embraer informou nesta sexta-feira (19) uma queda de 40% nas entregas de aeronaves a companhias aéreas, além de um recuo de 27,7% na carteira de pedidos consolidad­os a entregar.

A companhia, que discute com a americana Boeing a venda de sua divisão de aviação comercial, a principal da empresa, entregou 15 jatos comerciais de julho ao fim de setembro ante 25 aviões no mesmo período de 2017.

As entregas de jatos executivos, porém, cresceram de 20 para 24 unidades, embora os modelos desse segmento sejam de menor porte do que os aviões comerciais.

No acumulado do ano, a Embraer entregou até o fim de setembro 57 jatos comerciais e 55 aeronaves executivas ante 78 unidades na aviação comercial e 59 na executiva no mesmo período de 2017.

No terceiro trimestre, a Embraer acertou uma carta de intenção envolvendo pedido firme feito pela Helvetic Airways.

A empresa encomendou 12 jatos comerciais E190-E2 e direitos de compra de outras 12 aeronaves do modelo.

A empresa também recebeu encomenda de 25 jatos E175 da United Airlines.

A companhia “continua trabalhand­o para converter em pedidos firmes a carta de intenção para cem unidades do E175 para a Republic Airways, com a expectativ­a de que uma parte significat­iva dessas aeronaves seja incluída no backlog até o fim de 2018”, afirmou a fabricante brasileira em comunicado ao mercado.

A carteira de pedidos consolidad­os a entregar da Embraer encerrou setembro em US$ 13,6 bilhões (R$ 50,42 bilhões), ante US$ 18,8 bilhões (R$ 69,70 bilhões) divulgados no mesmo período do ano passado.

Segundo a companhia, 134 jatos foram retirados da carteira no terceiro trimestre por causa de dúvidas sobre encomenda de cem aviões E175-E2 feita pela americana Skywest.

As incertezas sobre a encomenda da Skywest ocorrem por causa de discussões envolvendo alterações da chamada “cláusula de escopo nos Estados Unidos para permitir que o E175-E2, que é mais pesado que o E175 atual, seja operado por companhias aéreas regionais sob contratos de compra de capacidade junto a grandes linhas aéreas”, afirmou a Embraer.

“A Skywest continua comprometi­da com o pedido”, disse a empresa.

Outros 24 aviões retirados da carteira correspond­em ao cancelamen­to de pedido feito pela americana JetBlue, que decidiu em julho trocar os aviões da fabricante brasileira por modelos produzidos pela Airbus.

Em julho deste ano, a Embraer e a Boeing anunciaram um acordo preliminar por meio do qual a empresa americana assumirá o controle da divisão de aviação comercial da brasileira.

Para fechar o negócio, será criada uma joint venture.

A Boeing acertou a compra de 80% da divisão de jatos comerciais da Embraer por US$ 3,8 bilhões (R$ 14,1 bilhões).

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