Folha de S.Paulo

Custo leva grifes médias a deixarem lojas de shoppings

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As redes de vestuário de médio porte têm buscado reduzir a quantidade de lojas em shoppings e buscado abrir pontos nas ruas para reduzir seus custos, de acordo com empresário­s consultado­s pela coluna.

É o caso da TNG, que tem hoje 80% de seus 182 pontos de venda localizado­s em centros comerciais. A grife pretende reduzir essa parcela para 60% em 2019.

“Temos reduzido a área das lojas e fechado as menos rentáveis para reabri-las em ruas, principalm­ente em São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba”, diz o CEO, Tito Bessa Jr.

“O preço de um local de 100 m² em um shopping grande chega a R$ 50 mil ao mês. Migrei dez lojas para pontos fora dos empreendim­entos e pago agora R$ 10 mil mensais por loja. Cai a receita, mas o custo-benefício é bom”, afirma.

“Os contratos são leoninos e temos visto a rentabilid­ade das lojas satélites em queda. Isso tornou a mudança para as ruas mais frequente”, diz o presidente do Sindivestu­ário (do setor), Ronald Masijah.

“A estagnação do varejo e os aluguéis altos nos levaram a mudar a estratégia. Tínhamos 25 pontos em shoppings, agora são 17 e quatro unidades em ruas”, afirma Alberto Hiar, da Cavalera.

“Os casos têm sido pontuais, não vemos uma tendência de mudança. Os shoppings têm renegociad­o preços”, diz Luíz Idelfonso, diretor da Alshop (de lojistas de shoppings).

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