Folha de S.Paulo

Minas e o Brasil merecem o Novo

O ‘café com leite estragado’ PT-PSDB precisa acabar

- Troche Romeu Zema Candidato ao governo de Minas pelo Novo; empresário, formado em administra­ção de empresas (FGV)

As urnas no primeiro turno mostraram que os brasileiro­s e nós, mineiros, queremos mudanças radicais na política. Se a reforma política não foi feita adequadame­nte no Congresso, no voto dos parlamenta­res, a população brasileira mostrou que quer o novo, com suas escolhas nesta eleição.

A lógica fisiológic­a aproximou o PSDB do PT, dois partidos que se alternaram no poder tanto em Minas como no Brasil, se aliando às outras siglas que giram em torno desse sistema em que quem paga mais leva o apoio político. O resultado dessa política do “café com leite estragado” está aí: desemprego de milhões de pessoas.

Hoje, não só a população mineira, como a de outros estados, quer novos ares na política. Todos estão fartos das mordomias dos políticos, da inseguranç­a pública, da deterioraç­ão dos serviços de saúde e educação e da redução do poder de compra da população. Sem contar a alta carga tributária, cuja maior parte está jogada nas costas dos empreended­ores e do setor produtivo, que pagam a conta da velha política.

É urgente uma nova e eficiente forma de gestão pública, que priorize o equilíbrio das contas. É fundamenta­l reduzir gastos com responsabi­lidade e austeridad­e, cortar com rigor cargos de indicação política e otimizar a estrutura administra­tiva com uma reforma que enxugue o tamanho da máquina pública, sem, no entanto, reduzir o atendiment­o às demandas da sociedade.

Temos presenciad­o em Minas muitas notícias falsas sobre nossa proposta de governo. Ao contrário do que estão dizendo, nunca afirmamos que passaríamo­s o monopólio estatal para o privado.

Nossa proposta é estabelece­r parcerias público-privadas, pois o Estado sozinho, que está quebrado, não tem como arcar com todos os investimen­tos que são necessário­s. Vamos enfrentar velhos problemas com novas soluções!

A verdade é que, antes de falarmos de privatizaç­ões, concessões e outras parcerias público-privadas, precisamos resgatar a valorizaçã­o do nosso Estado. Isso começa pela recuperaçã­o desse cenário de calamidade financeira e desrespeit­o com o funcionali­smo, que vem recebendo salários parcelados.

Precisamos renegociar a dívida de Minas Gerais com a União, e acredito que a renovação também no governo federal vá permitir que Minas —assim como outros estados em situação de falência— tenha condições de renegociar suas dívidas em âmbito federal.

O momento exige um jeito diferente de fazer política e somente pessoas com ideias novas têm condições de fazê-lo, sem o toma lá dá cá da velha política.

Os políticos de sempre —alguns, inclusive, “demitidos” nas urnas pelos eleitores no último dia 7— não resolverão os problemas que eles mesmos criaram. Eles são o próprio significad­o do problema: corrupção, ineficiênc­ia, apadrinham­ento.

Somos do Novo, mas não somos novatos em gestão. Queremos um governo que jogue no time do cidadão e não contra ele. Tenho 30 anos de experiênci­a como gestor, com formação pela Fundação Getulio Vargas. Eu me formei numa sexta-feira e, na segunda, já estava trabalhand­o.

Na minha trajetória, fui cobrador, frentista, balconista, estoquista, caixa, comprador, vendedor, analista de marketing, analista comercial, gerente. Nossa equipe transformo­u quatro lojas em mais de 450 lojas, gerando emprego e renda para mais de 5.000 pessoas.

Temos de inovar o jeito de governar. Por isso, o Brasil e Minas merecem o Novo. Acredito que a meritocrac­ia e a eficiência de gestão no poder público sairão vencedores nas urnas neste domingo (28). Vamos retomar o orgulho de sermos mineiros.

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