Segurança de Witzel aponta arma para apoiador de Paes no Rio
O ex-juiz Wilson Witzel (PSC) e o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), candidatos ao governo do Rio de Janeiro, voltaram a trocar acusações em debate promovido pela Folha, UOL e SBT na tarde desta terça-feira (23). Ambos utilizaram o nome de figuras políticas da cena carioca para atacar o adversário.
Antes do começo, o clima entre ambos estava longe de ser amistoso. Witzel e Paes não se cumprimentaram. O candidato do PSC, inclusive, ameaçou não participar do debate.
Um segurança de Witzel chegou a apontar uma arma para os apoiadores de Paes, aumentando a confusão. Dizendo estar desestabilizado, o ex-juiz ameaçou desistir do debate, mas acabou entrando no prédio da emissora protegido por um cordão de seguranças.
No estúdio, enquanto Paes tentou colar a imagem do ex-juiz ao atual prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), o ex-prefeito foi cobrado por sua relação com o ex-governador Sergio Cabral (MDB), preso pela Operação Lava Jato.
A associação de seu nome a Crivella levou Witzel a pedir direito de resposta, negado pela produção.
Paes afirmou que o prefeito é aliado do ex-juiz em pelo menos três ocasiões. Em uma delas, Witzel respondeu: “Crivella não me apoia, não pedi apoio a ele. Ele está revelando obras superfaturadas da sua gestão, talvez por isso você esteja magoado com ele.”
Em 12 de outubro, o PRB, partido do prefeito, anunciou apoio ao ex-juiz. Desde então, a prefeitura divulgou supostas irregularidades nas obras do BRT Transcarioca e Transoeste, corredores expressos de ônibus que se tornaram vitrine da gestão Paes (2009-2016).
O ex-prefeito, quando questionado sobre sua relação com Cabral, respondeu que, quando eleito, garantiu que trabalharia em parceria com o governo e a Presidência. “São pessoas com as quais eu tinha responsabilidade institucional de conviver”, afirmou.