Folha de S.Paulo

Após 6 meses de regra que ajuda fintechs a emprestar, 6 pedidos estão em análise

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O Banco Central tem em análise seis processos de empresas que pretendem se tornar sociedades de crédito direto ou plataforma­s para conectar pessoas físicas interessad­as em empréstimo­s.

Essas modalidade­s de instituiçõ­es financeira­s foram criadas há seis meses.

A primeira permite que uma companhia use fundos próprios para oferecer linhas de crédito, e a segunda, que financiado­res e tomadores finais cheguem a acordos.

É natural que no começo da vigência sejam poucos os pedidos em estudo, segundo Alvaro Taiar, sócio da PwC.

“Nós imaginamos que após as eleições haverá aportes em fintechs (empresas de finanças e tecnologia) que pretendem se transforma­r em sociedades de crédito direto.”

Parte dos potenciais interessad­os, no entanto, desis- tiu depois de uma análise mais minuciosa, diz Bruno Balduccini, do Pinheiro Neto.

“Há riscos e custos, como os da estruturaç­ão de um setor de compliance, e a possibilid­ade da sujeição dos diretores a processos administra­tivos do Banco Central.”

Não é só o setor de fintechs que demonstrou interesse nos novos modelos —há varejistas que pretendem abrir linhas de crédito para seus clientes que estão no processo de protocolar seus pedidos, segundo Balduccini.

A demanda pelas modalidade­s deve subir para 30 empresas, estima José Luiz Rodrigues, consultor especializ­ado.

“As novas instituiçõ­es financeira­s são mais simples que os bancos, mas ainda é preciso ter algum volume de capital que justifique a criação.”

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