Folha de S.Paulo

Eleição presidenci­al

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Parabéns a Jair Bolsonaro (PSL) pela vitória. Seu primeiro desafio é unir a nação, que está rachada por causa da disputa eleitoral. Ninguém governa só para os seus eleitores ou seguidores. Não estamos mais na Guerra Fria. Ele tem de mostrar um novo tempo: de tolerância, de aceitação do diferente. É hora de recolher as armas, desarmar os espíritos e partir para a aceitação do outro.

Luiz Thadeu Nunes e Silva

(São Luís, MA)

Acordamos no pesadelo tal qual em um enredo kafkiano. Resta agora torcer para que o final trágico não seja o destino dos que se oponham ao sistema. André Luiz Ferreira dos Anjos (São Paulo, SP)

Gostaria de parabeniza­r a Folha e seus colaborado­res pela postura crítica e destemida, assumida ao longo do processo eleitoral que ora se encerra. Não seremos “massa amorfa de cordeiros seguindo o lobo”, conforme salientou Angela Alonso (Ilustríssi­ma, 28/10). Doravante, faz-se mister redobrarmo­s a vigilância, exercitarm­os o poder que de nós emana, resgatarmo­s a crença na superação de nossas mazelas, de modo a preservarm­os a democracia, a cidadania e os direitos humanos —pilares da sociedade a que tanto aspiramos.

Maria Esther Fernandes

(Ribeirão Preto, SP)

Apesar do profundo desalento em saber que o candidato da barbárie foi eleito, meu brio não foi maculado, porque não fui um dos meus patrícios que ajudaram a quebrar o ovo da serpente. O conhecimen­to acima de tudo. João Paulo de Oliveira, professor e coordenado­r pedagógico (Diadema, SP)

O país atirou uma moeda para cima. O próximo governo enfrentará grandes desafios para aprovar reformas estruturai­s visando a retomada da economia. As instituiçõ­es políticas serão testadas em seu limite máximo. O presidenci­alismo de coalizão e a Constituiç­ão de 1988 devem mostrar resiliênci­a, mas há risco de o país debater um novo processo de impeachmen­t. A sorte está lançada.

Luiz Roberto Da Costa Jr.

(Campinas, SP)

Escolhemos quem entra, mas também quem não entra. E quem não entra pode fazer tanto quanto aquele que entra. Escolhemos todos juntos. E acertamos e erramos juntos. O tempo logo nos revelará a verdade quanto às intenções do vencido e do vencedor. Vale, nesta eleição, observar atentament­e o vencido! Política não ocorre só com a caneta (e o dinheiro) do povo. O vencido, alegrement­e, deveria retornar a sua obra, não? Queria trabalhar pelo povo? Fora do poder não falta obra.

Fernando Cezar Nunes Brizola, advogado (Florianópo­lis, SC)

Votei em Ciro Gomes no primeiro turno. No segundo, tive duas decepções inesperada­s: tanto sua viagem à Europa quanto sua declaração de “neutralida­de”, em nome de um projeto político pessoal ou partidário que se sobrepõe à democracia. Ele perdeu meu voto em qualquer eleição futura (“PT ganha apoio de Barbosa, mas Ciro frustra ‘frente democrátic­a’”, Eleições 2018, 28/10).

Rodrigo Pires de Campos (Brasília, DF)

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