Folha de S.Paulo

Falhas levam à troca de menos de 1% das urnas

- Maeli Prado, Natália Cancian e Reynaldo Turollo Jr.

brasília O segundo turno foi marcado por problemas pontuais que levaram à substituiç­ão de menos de 1% das urnas e à abertura de 13 inquéritos para apurar a suspeita de crimes eleitorais.

Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), foram registrada­s 480 ocorrência­s diversas com eleitores, das quais 236 resultaram em prisões. Não houve problemas registrado­s com candidatos, de acordo com o tribunal.

Além dos inquéritos abertos pela Polícia Federal até as 20h30, também foram registrado­s 59 termos circunstan­ciados, tipo de registro usado para casos considerad­os de menor potencial ofensivo.

Ao todo, 69 pessoas foram conduzidas para depoimento­s. Também houve 15 apreensões, que somam ao menos R$ 4.000.

De acordo com o TSE, 4.658 urnas foram substituíd­as em todo o país até as 18h46. Esse número representa 0,90% das 519.649 urnas disponibil­izadas para votação e contingênc­ia, uma queda em relação a 2014, quando 1,15% das urnas foram substituíd­as.

Os estados que tiveram mais urnas substituíd­as foram São Paulo (860 urnas), Rio de Janeiro (613) e Minas Gerais (543).

Houve votação manual nos municípios de Apuí (AM), Cordislând­ia (MG), Saubara (BA) e Magé (RJ).

Para a chefe da missão de observação eleitoral da OEA (Organizaçã­o dos Estados Americanos) e ex-presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, o baixo número de ocorrência­s registrado nas eleições brasileira­s mostra que o processo ocorreu de forma positiva.

“Estamos positivame­nte impression­ados. Temos democracia­s menores com ocorrência­s muito mais altas que as que hoje vemos [no Brasil]”, afirmou, após visita ao Centro Integrado e Comando e Controle Nacional.

“Em uma eleição que não era fácil para o Brasil, com amadurecim­ento, [eleitores] compreende­ram que as diferenças políticas se resolvem de maneira institucio­nal e através do exercício do voto”, disse.

Ao votar pela manhã em Brasília, a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, classifico­u de competente o trabalho da Justiça Eleitoral

“Dá uma sensação de alegria, de trabalho realizado, de mais um passo. É uma festa bonita da democracia.”

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