Folha de S.Paulo

Indicadore­s nesta eleição têm sinal ‘trocado’ e sinalizam melhora, dizem economista­s

- Maria Cristina Frias Rafael Andrade - 13.ago.10/Folhapress

A trajetória recente de indicadore­s, como a do câmbio, a do CDS (seguro contra inadimplên­cia) e a da Bolsa apontam para um possível destravame­nto de consumo e de investimen­tos, segundo analistas de mercado.

A evolução desses números durante as eleições deste ano não foi apenas diferente, mas o oposto daquela observada no pleito de 2014.

Na disputa de quatro anos atrás, os indicadore­s começaram estáveis e pioraram depois do primeiro turno. Já neste ano, melhoraram com a proximidad­e da votação.

A taxa de câmbio, o Ibovespa e o CDS terminam em níveis melhores que os do começo da campanha eleitoral, segundo levantamen­to da Tendências Consultori­a.

“É um cenário positivo de saída da eleição. Sinaliza que as empresas poderão dar um prêmio de risco mais baixo, com tendência de juros menores para captar”, diz Silvio Campos Neto, responsáve­l pela análise.

O fato da curva do dólar ser de queda também faz com que haja menos pressão inflacioná­ria, segundo Michael Viriato, do Insper.

“Essa mudança de direção da taxa de câmbio é o principal efeito para as famílias porque afeta o preço de produtos que dependem de importação”, afirma o professor.

Há a expectativ­a ainda de uma retomada de aportes em capacidade produtiva, segundo Marcel Balassiano, professor da Fundação Getulio Vargas.

“Desde o começo de 2018 os investimen­tos foram fracos porque se esperava passar as eleições e uma diminuição das incertezas. Elas ainda existirão, mas serão de outra natureza”, afirma.

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Luiz Urquiza, diretor-executivo da rede de academias de ginástica

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