Trump relata ‘conversa muito boa’ com Bolsonaro
washington e paris O presidente americano, Donald Trump, escreveu nas redes sociais nesta segunda-feira (29) que “teve uma conversa muito boa” com o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), após a vitória do capitão reformado.
“Nós concordamos que o Brasil e os Estados Unidos vão trabalhar juntos em comércio, questões militares e todo o resto!”, escreveu o republicano. “Ligação excelente, desejei a ele parabéns!”
Após o resultado das eleições, Bolsonaro afirmou que havia feito “contato bastante amigável” com Trump e que o mandatário americano havia desejado a ele “boa sorte”.
Pouco depois, a secretária de Imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, foi questionada por jornalistas sobre o que achava das comparações entre os dois mandatários. “Só existe um Donald Trump, na minha opinião”, respondeu.
Sanders também disse que os Estados Unidos “valorizam o relacionamento de longa data com o Brasil” e que “querem continuar a trabalhar” com o país: “E vamos ver o que acontece a partir daí.”
Indagada se o governo planeja convidar Bolsonaro para os EUA ou se Trump tem planos de visitar o Brasil, ela não respondeu à pergunta.
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, usou as redes sociais para parabenizar Bolsonaro e disse que a eleição do capitão reformado levará a uma “grande amizade” entre os dois países.
“Estamos esperando sua visita a Israel”, escreveu Netanyahu. Bolsonaro respondeu dizendo que a amizade se “traduzirá em acordos” que beneficiarão o povo brasileiro.
Também na internet, líderes da direita nacionalista da Europa desejaram boa sorte ao presidente eleito.
O ministro do Interior da Itália e vice-premiê, Matteo Salvini (Liga), escreveu: “Também no Brasil, os cidadãos mandaram para casa a esquerda. Bom trabalho ao presidente Bolsonaro, a amizade entre nossos povos e nossos governos será ainda mais forte”. Ele encerrou a postagem com a hashtag #OBrasilVota17.
Salvini disse ainda que “depois de anos de conversas improdutivas [entre Roma e Brasília], pedirei que seja extraditado à Itália o terrorista vermelho Battisti”.
Ele se refere ao ex-ativista Cesare Battisti, condenado na Itália por quatro assassinatos cometidos nos anos 1970, quando era membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo. Preso em 2007 no Brasil, teve sua extradição autorizada pelo STF, mas barrada pelo ex-presidente Lula. A aplicação da medida ainda espera apreciação da 1ª Turma do Supremo.
Em publicação na internet no último dia 16, Bolsonaro prometera “extraditar o terrorista Cesare Battisti, amado pela esquerda brasileira, imediatamente, em caso de vitória nas eleições” –o que afrontaria o STF.
A líder da direita nacionalista na França, Marine Le Pen, escreveu que “os brasileiros acabaram de punir a corrupção generalizada e a criminalidade aterrorizante que prosperaram sob os governos de extrema esquerda”.
Ela disse ainda que o presidente eleito “deverá recuperar a economia, a segurança e a democracia, muito comprometidas no Brasil”.
O primeiro-ministro espanhol, o socialista Pedro Sánchez, também se manifestou sobre a eleição, mas não incluiu felicitações em sua mensagem. Ele disse apenas que “os desafios serão enormes” e que “o Brasil contará com a Espanha para alcançar uma América Latina mais igual e mais justa”.
Nesta segunda, o presidente eleito também recebeu os cumprimentos do russo Vladimir Putin. Segundo a agência France Presse, o Kremlin transmitiu ao brasileiro sua confiança na melhora das rela- ções entre Brasília e Moscou.
Uma porta-voz da Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, instou Bolsonaro a “trabalhar para consolidar a democracia”, também de acordo com a France Presse.